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Usando nossos conhecimentos e habilidades para fazer o bem no mundo

jan 26, 2022

Saudações, caros agentes de transformação do Rotary,

Um dos princípios fundadores da nossa organização é o de usarmos nossas vocações – seja como médicos, advogados, engenheiros, seja como representantes de outras profissões – para fazer o bem no mundo. Na luta para vencermos a pandemia e nos recuperarmos dos seus efeitos, esse conceito torna-se vital e pode ser colocado em prática por meio de treinamentos destinados àqueles que perderam seus empregos. Pensando nisso, o Rotary E-Club de Tamar Hong Kong organizou seminários para jovens com o objetivo de prepará-los para as mudanças no mercado de trabalho.

Esse tipo de treinamento deveria acontecer em grande escala. Afinal, as Nações Unidas estimam que mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo serão afetadas pelo desemprego em 2022. E é provável ainda que mulheres e jovens sejam afetados em níveis desproporcionais.

Por isso, em 2021-22 dou ênfase especial a projetos voltados ao empoderamento de meninas – e fiquei encantado ao ver alguns deles em prática. O acesso à educação e a um emprego digno pode ser bloqueado pela falta de infraestrutura hídrica e saneamento.

Um projeto em Pune, na Índia, fornece absorventes higiênicos acessíveis e reutilizáveis a meninas e mulheres. Além de gerar emprego com a produção e a distribuição desses produtos, a iniciativa reduzirá a poluição causada em todo o país pelo descarte anual de 12,3 bilhões de absorventes, muitos dos quais acabam em aterros sanitários.

Em outros casos, nossos associados usaram os Serviços Profissionais para promover o empoderamento de mulheres. O Rotary Club de Poona, também na Índia, realizou oficinas para ensinar artes marciais a jovens mulheres. Assim, elas podem recorrer a técnicas de defesa pessoal em casos de ameaça de abuso ou tráfico humano.

Eu também tive a sorte de usar minha profissão para fazer o bem por meio do Rotary. O tsunami ocorrido no Oceano Índico em 2004 devastou as ilhas Andaman e Nicobar, que fazem parte do meu distrito. Milhares de casas foram destruídas e muitas áreas ficaram sem eletricidade e água corrente. Na minha visita à ilha de Little Andaman, o construtor que há em mim imediatamente quis proporcionar moradia aos sem-teto. Decidimos então construir 500 casas na localidade.

Na última das minhas sete viagens à ilha, vi algo brilhando lá embaixo quando meu helicóptero estava prestes a pousar. Percebi que o que eu estava vendo eram os telhados das novas casas. Fiquei muito feliz com aquilo, mas logo um pensamento tomou conta de mim. Como construtor, já havia feito muitos edifícios bonitos. Aquelas 500 casas eram as moradias mais comuns que eu já havia construído, estavam em um lugar que eu provavelmente nunca mais visitaria, e haviam sido feitas para pessoas que eu jamais encontraria novamente. No entanto, a satisfação que tive ao entregar aquelas casas foi maior do que a proporcionada por qualquer outra coisa que eu havia construído anteriormente. Isso aconteceu, provavelmente, porque era a primeira vez que eu estava usando a minha profissão com o objetivo de Servir para Transformar Vidas.

Vocês, provavelmente, também já tiveram a oportunidade de usar as suas profissões ao Servir para transformar Vidas. Eu adoraria conhecer essas histórias de Serviços Profissionais. Quero encerrar parabenizando todos os clubes que se envolveram com a iniciativa Cada Um Traz Um, que incentiva todo associado a trazer uma nova pessoa para o Rotary. Com o aumento do quadro associativo, damos a indivíduos de todos os segmentos da sociedade a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos e habilidades em serviços transformadores.

* O autor é Shekhar Mehta, presidente 2021-22 do Rotary International.

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