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Um país cada vez mais perto de reescrever seu futuro

fev 2, 2015

Nigéria vira o jogo e pode interromper em breve a transmissão do vírus
capafevereiroEm mais uma parceria da Brasil Rotário com a Subcomissão Polio Plus do Rotary no distrito 4651 (Santa Catarina), entrevistamos Abdulrahman Olatunji Funsho, que desde 2013 é o presidente da Comissão Nacional Polio Plus da Nigéria, um dos três países onde a poliomielite ainda é endêmica. Mais conhecido como Tunji Funsho, ele estudou medicina em sua terra natal e pós-graduou-se na Royal Medical School, em Londres, e na Harvard Medical School, em Boston. Depois de completar sua residência e trabalhar como cardiologista no Reino Unido, Funsho retornou à Nigéria, onde atuou como médico e passou a integrar o Conselho de Saúde Pública em Lagos e Kano. Em 1985, ele associou-se ao Rotary Club de Kano.

A matéria é ilustrada com imagens cedidas à Brasil Rotáriopelo fotógrafo Tadej Znidarcic. Esloveno radicado em Nova York, na página 32 ele conta como foi realizar esse trabalho a convite de rotarianos nigerianos.

BRASIL ROTÁRIO: Como você entrou no Rotary e qual é a sua rotina diária como presidente da Comissão Nacional Polio Plus da Nigéria?

TUNJI FUNSHO: Ao longo de dois anos, um amigo meu já falecido, Sam Jabba, me chamou diversas vezes para participar como convidado das reuniões do Rotary Club de Kano, ao qual ele era associado. Como naquele tempo a minha vida profissional era muito ocupada, não tinha como ingressar no clube, o que só aconteceu em 1985, quando o ritmo das minhas atividades diminuiu.

Meu dia começa normalmente às cinco da manhã, com uma oração. Em seguida escrevo as mensagens matinais que divulgo no Facebook e no Whatsapp. Dou então continuidade ao planejamento da minha agenda. Em seguida, respondo a e-mails e saio para uma caminhada com meu cachorro, Lapis. Retorno e me preparo para as atividades diárias, que envolvem reuniões, quase sempre relacionadas à erradicação da pólio, à gravação de um programa de rádio do Rotary e ao trabalho geral no escritório do Programa de Erradicação da Pólio.

Isso tudo eu faço quando não estou na estrada participando de reuniões ou observando atividades de campo relacionadas à erradicação.

Há dois anos, todo mundo pensava que a Nigéria seria o último país a erradicar a poliomielite.

Agora, a situação mudou, e pode ser que a transmissão do vírus seja interrompida nos próximos meses. O que aconteceu e quais são os maiores obstáculos que vocês ainda precisam enfrentar?

Acredito que a principal mudança positiva foi a criação da força-tarefa presidencial para a erradicação da pólio, o que indica o envolvimento do governo federal com a questão. Isso resultou na organização do Centro Nacional de Operações Emergenciais da Pólio (EOC) em

Abuja, capital do país, e em mais sete Estados de alto risco. O EOC é o quartel da guerra contra o vírus, onde os técnicos de todas as instituições envolvidas no trabalho – OMS, Unicef, Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, Fundação Gates e Rotary –reúnem-se diariamente para planejar, elaborar estratégias e implementar atividades relacionadas à Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, com informações de campo em tempo real e a possibilidade de intervenções rápidas.

* Leia a entrevista completa na edição de fevereiro da Brasil Rotário (digital ou impressa).

** Por Wan Yu Chih

*** Fotos: Tadej Znidarcic

Tags: Rotary, Rotary International, 2015, Brasil Rotário, fevereiro de 2015, capa, entrevista, Nigéria

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