Olá, amigos. Espero que todos se encontrem bem. Março chegou trazendo muitas novidades. Entre os dias 10 e 16, comemoramos a Semana Mundial do Rotaract, lembrando que em 13 de março de 1968 foi oficializado o primeiro clube de Rotaract da história, na Universidade da Carolina do Norte, em Charlotte, nos Estados Unidos. Há 57 anos, os associados mais experientes da nossa organização aprendem bastante com as novas gerações. Atravessamos diversas mudanças e desafios até chegarmos ao Elevate Rotaract e arrisco dizer que ainda temos muito o que aprender uns com os outros. São lições necessárias para que ambas as partes se tornem melhores e mais fortes.

No mês passado, durante a Assembleia Internacional realizada em Orlando, nos Estados Unidos, tivemos – por decisão do Conselho Diretor, a pedido do nosso presidente 2025-26 do Rotary International, o brasileiro Mário César de Camargo – a presença de representantes do Rotaract de cada uma das nossas zonas rotárias. Um momento de muito aprendizado para todos os envolvidos. O Rotary se vive em família.

Como já afirmei nesta coluna, nossa organização funciona como uma corrida de revezamento. Recebemos de outras gerações esse legado que carregamos agora e que deveremos passar às futuras gerações. Por isso é muito bom termos a consciência de que precisamos motivar nossos clubes e distritos para a necessidade de que as diferentes gerações que compõem nosso quadro associativo compartilhem ideias e vivências.

Aproveito para contar da fantástica experiência de termos novamente um latino-americano na presidência do Rotary International depois de tantos anos. Com as partidas de Luis Vicente Giay, da Argentina, e de Frank Devlyn, do México, já não havia representantes da América Latina no Colégio de Presidentes do Rotary International. É muito importante termos novamente um latino-americano no cargo máximo da nossa organização, mostrando como somos e como é a nossa cultura.

Mário veio nos trazer sua mensagem anual, Unidos para Fazer o Bem. Muito pertinente para este momento, não é verdade? Com tantos conflitos, seja entre países, nas nossas comunidades, seja até mesmo entre gerações e religiões, a mensagem que enviamos ao mundo é a da necessidade de união. Como também já escrevi aqui, isso começa nas nossas casas, em nosso ambiente de trabalho e nas nossas comunidades, mas também nos nossos clubes e distritos. Sejamos um exemplo para o mundo.

Quero lembrar ainda que em 8 de março celebramos o Dia Internacional das Mulheres. Nossos clubes estão cada vez mais inclusivos, porém ainda temos muito que avançar. O caminho para sermos inclusivos é nos colocarmos no lugar do outro. Juntos somos mais fortes. A mulher tem sim que fazer parte da nossa organização. Seja em clubes mistos, seja em clubes formados apenas por mulheres.

Como afirmei, os rotaractianos têm muito a nos ensinar. Um exemplo disso é o percentual de mulheres nos Rotaract Clubs, muito acima do índice dos Rotary Clubs. Para mim, mulher é sinônimo de comprometimento. Minha experiência mostra que clubes com mulheres têm uma pegada diferente muito positiva.

Nossa área de enfoque comemorada em março é Água, Saneamento e Higiene. Milhões de seres humanos ainda não têm garantidos esses direitos fundamentais que nos dão saúde e dignidade. Como pessoas privilegiadas, precisamos ter a responsabilidade de levar aos mais necessitados do planeta essa riqueza. Isso mesmo: riqueza. Pois só quem não tem acesso a água e saneamento básico ou quem se coloca no lugar do próximo consegue entender a importância dessa área de enfoque. Sejamos portadores da magia do Rotary em nossas comunidades por meio de projetos locais ou apoiados por nossa amada Fundação Rotária. Um forte abraço.

* O autor é Henrique Vasconcelos, diretor 2023-25 do Rotary International.