“Liderança é a capacidade de transformar a visão em realidade.” – Warren Bennis
É evidente que uma das tarefas mais importantes do Rotary, assim como de qualquer organização, instituição, corporação, governo ou religião que tenha intenção de progredir e acompanhar o ritmo das mudanças, é preparar e treinar seus líderes. Portanto, seguindo a tradição, o Rotary realizou de 12 a 18 de janeiro a Assembleia Internacional, em San Diego, EUA, para a qual foram convocados mais de 530 governadores distritais, a fim de que recebessem treinamento prático e inspiração necessários para liderar os rotarianos do seu distrito.
Durante a reunião, eles conheceram o lema e os planos do presidente 2014-15 do Rotary International, Gary Huang, e compartilharam visões de metas a atingir no próximo ano. Além disso, durante as sessões plenárias ouviram líderes rotários de destaque; nos grupos de discussão e nas dinâmicas, trocaram informações e ideias com os colegas de ano em todo o mundo, criando duradouros laços de amizade e oportunidades para a implementação de futuros projetos em parceria. Como sempre, para os assistentes esse foi um acontecimento único, com vivências inesquecíveis e singulares.
Agora, de volta a seus respectivos países, os governadores eleitos devem se preparar para a transição de liderança no distrito e nos clubes pelos quais são responsáveis, em uma tarefa que exige muito planejamento e preparação, já que inclui importantes atividades, tais como capacitação da equipe distrital, o Pets — Seminário de Treinamento para Presidentes Eleitos — e a assembleia distrital, que ocorre entre fevereiro e junho próximos.
Peter Senge, em seu livro A quinta disciplina, afirma que “os líderes, nas organizações, são responsáveis por criar um ambiente onde as pessoas possam expandir suas capacidades para moldar o futuro”. Em outras organizações, assumir uma posição de liderança envolve direitos e obrigações. No Rotary, isso só gera obrigações, sem direitos. O bom cumprimento dessas obrigações gera reconhecimento e crescimento que, em última análise, são direitos, expectativa daqueles que doam tempo, conhecimento e vocação para o servir.
No nível distrital, compete ao governador incentivar a liderança em todos os níveis, elegendo quem está preparado e preparando quem foi eleito, seguindo o exemplo de Jesus, que escolheu os 12 pescadores da Galileia, treinou-os e os preparou para que cumprissem a missão. Também é tarefa do governador inspirar os rotarianos a crescer em nível pessoal e no Rotary, porque isso não somente trará excelentes resultados, como também permitirá a participação de todos os envolvidos em sua gestão, consolidando assim um grupo sintonizado e motivado a trabalhar para atingir metas.
Todos os clubes devem assumir essas responsabilidades e, invariavelmente, enviar seus novos presidentes, secretários, tesoureiros e gestores da Fundação Rotária às reuniões convocadas, para que possam se preparar adequadamente para um mandato bem-sucedido. Além disso, ao incentivar seus líderes a participar e a treinar os clubes, assegura-se a atualização de conhecimentos e técnicas que garantem melhor desenvolvimento das comunidades.
A transição de liderança pode ser um grande desafio para aqueles que assumem ou deixam cargos, mas é também uma grande oportunidade para revitalizar a continuidade da organização e dar a seus membros um valioso sentido histórico e de identidade. Compreender isso é dar um passo adiante na busca de parceiros motivados e clubes fortes e dispostos a servir.
* A autora é Celia Giay, diretora 2013-15 do Rotary International.