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Somos 7 bilhões de habitantes

jun 18, 2012

Somos 7 bilhões de habitantes e o mundo precisa cada vez mais do Rotary. A responsabilidade dos rotarianos e o espírito de servir aumentam na mesma proporção do crescimento da população. Preocupamos-nos, efetivamente, com a preservação do planeta desde 1990, com o visionário Presidente Paulo Viriato e já evocávamos, em 1966, “Um Mundo Melhor Através de Rotary”, com o presidente do Rotary International, Richard Evans.

Nosso presidente do RI, Ernesto Imbassahy, em 1975, falava em ‘Dignificar o Ser Humano”, quando éramos 4 bilhões e em 2000, Richard King alertava que “A Humanidade é Nossa Missão”, quando a população mundial era de pouco mais de 6 bilhões de pessoas. A humanidade continua a ser cada vez mais a nossa missão, pois em 2011 falamos em envolvê-la.

A taxa do crescimento populacional diminuiu 50% de 1960 até hoje, passando de 2,2% por ano, para 1,1%. Mas, ainda assim, é bom lembrar que a população mundial dobrou em pouco mais de 40 anos.

Em 1968 éramos 3,5 bilhões e em 2025 seremos oito bilhões.

Prendendo-nos aos dias atuais, assusta sabermos que desses sete bilhões de seres humanos, cerca de 1 bilhão sobrevive com menos de um dólar por dia. 1 bilhão não tem acesso à água potável, 2 bilhões não sabem o que é saneamento básico e 1,3 bilhão não tem luz elétrica em seus lares. A maior concentração da população está em torno da China (1,35 bilhão), da Índia (1,24 bilhão) e da África (821,3 milhões). Esse elevado número, que representa quase a metade da população mundial, está nas regiões menos desenvolvidas do planeta.

Em contrapartida, os mais favorecidos representam apenas 20%, mas consomem 80% dos recursos naturais do planeta. Se essa proporção continuar prevalecendo, daqui a vinte anos necessitaremos de outro planeta para atender ao consumismo desenfreado e os rejeitos que isso provoca, já que a capacidade da Terra tem as suas limitações.

Aos mais ricos, 7% da população mundial, são atribuídas metade das emissões de CO2, que interferem diretamente na mudança climática do mundo, enquanto a metade pobre da população gera apenas 7% de dióxido de carbono.

O Rotary mostra permanente preocupação com o planeta e a população desde os tempos de Paul Harris, que há mais de 75 anos escreveu: “O mundo muda constantemente, e o Rotary deve estar preparado para mudar com ele”. As últimas ênfases presidenciais têm nos incentivado a combater a pobreza, a degradação ambiental, reduzir a mortalidade infantil e alfabetizar os nossos irmãos, tudo em nome da paz mundial.

A degradação passa, naturalmente, pelo cuidado com a contaminação e o consumo responsável da água, que cresce duas vezes mais rápido que a população mundial. Com isso, nos próximos vinte anos, a necessidade da água será 40% maior do que a de hoje, para uma população estimada em mais de 9 bilhões.

E como vamos alimentar toda essa gente? Essa pergunta é pertinente, já que temos hoje quase 1 bilhão de famintos. Da produção mundial de 2,5 bilhões de toneladas de cereais, suficiente para alimentar mais de 11 bilhões de pessoas, apenas 46% são destinadas aos seres humanos, 34% à criação de animais e 20% ao uso industrial.

A população brasileira está na faixa dos 190 milhões, podendo chegar aos 200 milhões nos próximos quatro anos. Esta população está concentrada no Centro-Sul. Mesmo com um considerável aumento dos programas sociais, que tende a mantê-los em sua área de origem, a população migratória está indo hoje na direção Centro-Oeste.

A população rotária mundial é de 1,21 milhão, então o mundo tem quase 5.800 pessoas para cada rotariano. No Brasil somos 55 mil, perfazendo quase 3.700 brasileiros para cada rotariano do nosso país.

Para uma entidade de 106 anos, que falou recentemente em plantar sementes de amor, ser amigo, dar a mão ao próximo, mostrar o caminho e construir o futuro com ação e visão. Necessitamos agir em prol da humanidade de 7 bilhões, lembrando que “A verdadeira felicidade está em ajudar o próximo”. Lemas visionários, realistas e incentivadores nunca nos faltaram.

“Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não posso recusar a fazer o pouco que posso”.

Já dizia Edward Everett Hale.

* O autor é Sergio Afonso Barbosa da Silva, associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro-Grajaú, RJ, (D. 4570), fotógrafo e colaborar da Brasil Rotário.

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