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Rotarianos desenvolvem projeto de inclusão digital nas Ilhas Fiji

abr 28, 2015

Na terceira maior ilha de Fiji, a adolescente Asenaca Sepa, de 17 anos, sonha em se tornar enfermeira. Seu colega de classe, Laisenia Kidia, quer cursar biologia marítima. Eles estudam na escola Bucalevu, em Taveuni, local conhecido como Ilha Jardim graças à sua abundante flora. Cachoeiras e pores do sol de tirar o fôlego fazem de Taveuni um procurado destino turístico. Porém, com exceção dos encontros com os turistas, a população nativa vive relativamente isolada. O governo é o principal empregador; a maior parte dos outros empregos envolve trabalho agrícola feito por pessoas não tão qualificadas. Apenas 30% dos estudantes se formam no ensino médio e cerca de 10% entram na universidade. A pobreza e a infraestrutura precária limitam o acesso aos avanços tecnológicos.

Esta falta de tecnologia nas escolas preocupou os associados do Rotary Club de Taveuni Island, os quais querem garantir que os estudantes encontrem emprego e cursem o ensino superior. “Queremos que eles saibam informática antes de entrarem no mercado de trabalho”, diz o associado Geoffrey Amos.

Junto com a Universidade de Tecnologia de Auckland e os Rotary Clubs de Newmarket, Botany East Tamaki e Ellerslie Sunrise, na Nova Zelândia, os rotarianos de Taveuni lançaram um projeto para doar 70 tablets às escolas Bucalevu e Niusawa. Eles receberam fundos dos Distritos 9920 e 9970, e de um Subsídio Equivalente (o programa de Subsídios Equivalentes foi descontinuado; para mais informações, acesse a nossa página sobre subsídios).

A ex-bolsista Kelsi Cox, canadense que estudou na Nova Zelândia, liderou uma equipe que treinou professores e estudantes quanto à utilização dos tablets. “Estes pequenos aparelhos contêm um mundo de informações e podem levar estes jovens a lugares muito além da sala de aula”, explica.

Os adolescentes se adaptaram imediatamente à nova tecnologia. “É como ter 100 apostilas”, diz Sepa. Durante o treinamento, o grupo usou um aplicativo de ciências para estudar a estrutura das células. “Depois de ver todas as imagens e definições, tenho uma ideia muito melhor do que uma célula realmente é”, conta. Kidia acrescenta que o que ele está aprendendo no tablet o preparará para a universidade.

Os equipamentos já vêm com uma variedade de apps educativos e ferramentas para os estudantes gravarem músicas e vídeos, contribuindo para registrarem um pouco de sua vida e cultura fora da sala de aula.

“É o que eles precisam para capacitar a comunidade e causar mudanças positivas no futuro”, afirma Cox. Estas mudanças já estão acontecendo: Amos relata que nos testes de 2014, a média dos alunos foi mais alta do que no ano anterior. Eles também demonstraram melhores habilidades de informática, o que os ajudará a continuar sua formação educacional ou a encontrar empregos.

* Stuart Cleland (The Rotarian)

Tags: Rotary, Rotary International, 2015, inclusão digital

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