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Quadro Associativo: foco no problema x foco na solução

dez 13, 2012

Uma história que circula pela internet conta que, no início do lançamento das naves espaciais tripuladas, a Nasa descobriu que as canetas, especialmente as esferográficas, não funcionavam com gravidade zero. Após 10 anos de pesquisas, com investimentos da ordem de 12 milhões de dólares, os cientistas americanos desenvolveram uma caneta que escrevia de cabeça para baixo, embaixo da água e até em condições com variação extrema de temperatura, tanto positiva, como negativa.

Os cientistas do programa especial russo resolveram o mesmo problema, simplesmente, usando lápis.

Não sei se esta narrativa é verdadeira, mas ela ilustra bem o que acontece, muitas vezes, em nossa vida: focamos no problema ao invés de focar na solução.

O quadro associativo do Rotary não tem evoluído nos últimos dez anos, pelo menos. Com certeza, muitos fatores econômicos e sociais têm contribuído para que isso ocorra.

O Rotary International, pelo que tenho acompanhado, tem focado na solução. Alguns exemplos: Plano de Liderança Distrital, Plano de Liderança de Clube (PLC), Planejamento Estratégico, melhoria da capacitação, aperfeiçoamento do ciclo de treinamentos, entre outros. Mas, creio que em nossos clubes e mesmo no distrito, em algumas ocasiões, temos focado muito no problema ao invés de focar na solução.

Os clubes precisam implantar efetivamente o PLC: realizar planejamento estratégico, adotar a continuidade na gestão, investir na capacitação em todos os níveis, melhorar a comunicação no clube e com o distrito, envolver todos os companheiros nas atividades e fortalecer o companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir.

Necessitam, também, adotar práticas que tornem suas reuniões mais agradáveis e proveitosas: boa programação, cumprimento de horário, mudança de horário e/ou local de reuniões. Também é fundamental abrir-se mais para a comunidade, participando de eventos, visitando entidades, conhecendo suas necessidades e realizando projetos significativos. Ter um plano de recrutamento, um banco de dados de potenciais associados e manter um relacionamento constante com essas pessoas, convidando-as para reuniões e eventos do clube, é outra providência importante. Periodicamente, deve ser feita uma pesquisa para sentir o clima organizacional do clube e corrigir os rumos, se necessário.

O espaço seria pequeno para listar tudo que pode ser feito, mas se for quebrado o paradigma e passarmos a agir com criatividade, inovação e forte atitude positiva, utilizando as ferramentas disponibilizadas pelo Rotary International, certamente estaremos focando na solução ao invés de focar no problema.

O aparecimento de resultados pode não ser tão fácil como na solução dos russos, mas também não será tão demorada — e cara — como no problema dos americanos.

* O autor é Valdemar L. Armesto, governador 2002-03 do distrito 4430 e associado ao Rotary Club de São Paulo-Vila Alpina, SP.

* Foto:
Stock.XCHNG

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