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Projeto do Rotaract Club de Porto Alegre-São João usa fotografia para encurtar distância entre Morro Santana e os outros bairros da capital gaúcha
Ponto mais alto de Porto Alegre, o Morro Santana é um grande mirante de onde se vê toda a cidade, suas ruas, o rio Guaíba. Apesar da evidente vocação de local turístico, pouca gente além dos moradores costuma subir os 300 metros que separam o morro do asfalto. Medo da violência é o principal motivo. Ou esse receio dos lugares que não conhecemos nem frequentamos, sentimento triste e comum deste Brasil de cidades partidas que o Rotaract Club de Porto Alegre-São João, do distrito 4670, resolveu desafiar.
Depois de dar início ao Abrace o Morro, projeto de longo prazo que oferece oficinas esportivas, culinárias, literárias, cursos de idiomas e outras atividades para os moradores, o clube formado por 12 integrantes decidiu usar a fotografia para encurtar a distância entre e o bairro e o restante da cidade.
“O projeto surgiu da nossa vontade de unir fotografia a projetos sociais capazes de causar impacto na comunidade”, explica a presidente Diana Klock. A ideia ia ao encontro de um desejo da fotógrafa e jornalista Bianca Barbosa, curadora do projeto: voltar suas lentes para causas sociais. Escalada a equipe de fotógrafos, composta por ela e pelos também voluntários Maris Strege, Bruno Vargas, Nathália Gonçalves e Kenny Anderson, no dia 10 de março, um sábado, o grupo foi até o morro na companhia dos rotaractianos para retratar 25 famílias, suas casas e o cotidiano da vizinhança – sempre com apoio da Associação Comunitária Madre Teresa de Jesus, responsável por importante trabalho social no Morro Santana e parceira do Rotaract.
Depois de ocupar o Pier X do Shopping Iguatemi, na capital gaúcha, a exposição Retratos no Morro será exibida na Sociedade de Ginástica Porto Alegre e no próprio Morro Santana – os moradores já ganharam porta-retratos com suas fotografias.
* Leia a matéria na íntegra na edição de junho da Revista Rotary Brasil (digital ou impressa).