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Nós temos consciência do que é ousadia? Sabemos perfeitamente o que quer dizer essa palavra? Relembremos um pouco de nossa história.

Polio Plus – Falta pouco

Nos anos 1980, aproximadamente 1.000 crianças em 125 países contraíam poliomielite diariamente. Quantos éramos nesse mesmo período? Um milhão de rotarianos pelo mundo. Quanto representávamos em relação à população mundial? 

Olhando apenas os números, não éramos nada! Mas esses bravos homens de boa vontade resolveram ousar em suas atitudes numa decisão histórica e juntamente com nossos parceiros internacionais, como a OMS, lançaram um desafio mundial, que foi a iniciativa de erradicação da pólio no mundo todo. Com certeza foram chamados de “loucos”, “lunáticos”, “sonhadores”, pois como é que um pequeno contingente de pessoas assumiria um compromisso mundial desse porte? Mas foram determinantes nas suas posições e persistentes em suas ações. Desde que lançaram o projeto, há duas décadas, os casos da doença diminuíram em 99%.

Esse tipo de reflexão precisa ser feito constantemente, pois mostra com clareza que quando queremos fazer, conseguimos. Nós, rotarianos, fazemos coisas incomuns sendo pessoas comuns. Temos consciência disso? Gostaríamos que todo rotariano fizesse essa autoanálise. Estamos utilizando nossa inteligência emocional para o bem das pessoas à nossa volta?

Ser rotariano é trabalhar com a alma e com a fé, utilizando os cinco sentidos que Deus nos deu gratuitamente. A partir do instante de nossa concepção nos ventres de nossas mães, começamos a exercitar e evoluir a dádiva maior que nos foi dada, que é a vida. Vida que não nos custou nada, pois nos foi concedida por meio de uma relação de amor de nossos pais.

A partir de nossa existência, passamos a administrar duas coisas concebidas por Deus: o tempo e nossa inteligência. Inteligência que desenvolvemos com o passar do tempo e que uns conseguem desenvolver mais do que outros, mas que nos permite ter o principal, que é o conhecimento. O que o Rotary nos pede, na realidade, são essas duas variáveis: nosso tempo e nosso conhecimento. Sabendo utilizá-los, faremos coisas consideradas impossíveis.

Doar é entregar algo que nos fará falta. O tempo é exemplo disto, ele não volta mais. E o tempo é o que mais dedicamos ao Rotary. Seguido do nosso conhecimento, pois por meio deste é que trabalhamos nossa famosa Avenida de Serviços Profissionais, que foi e continua sendo um dos grandes pilares de nossa sustentação.

Vamos pensar bastante sobre tudo isto. Refletir sobre nossas ações no Rotary e sobre o quanto podemos melhorar para ajudar mais a nossa comunidade. A Fundação Rotária, por meio de seus programas, nos dá a oportunidade de utilizar nosso tempo e conhecimento de forma inteligente e com resultados surpreendentes para a sociedade, fazendo com que tenhamos um orgulho muito grande perante nossa família e as pessoas de nosso relacionamento.

Plano Visão de Futuro

Analisem, reflitam e certifiquem-se de sua importância para concretizarmos nossos sonhos rotários e sermos reconhecidos, assim como estamos reconhecendo a ideia, a iniciativa e o sonho dos companheiros rotarianos dos anos 80 de erradicar a pólio no mundo todo.

Dostoiévski pensou e ilustrou seu pensamento: “O homem luta, na terra, por um ideal oposto à sua natureza”. Sacrificar o ego, quando não sacrifica, corre sem saber para onde!

Reflexão – olhar para dentro de si mesmo.

* Os autores são Henrique Vasconcelos e José Carlos Carvalho, coordenadores regionais da Fundação Rotária para a Zona 22B, e para as Zonas 22A e 23A, respectivamente.

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