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O que os curadores estão decidindo?

dez 5, 2018

O Brasil terá representante no Conselho de Curadores até 2023 – a partir de um período iniciado em 2011. Como? Depois de um intervalo de sete anos sem um brasileiro, entre a gestão de José Alfredo Pretoni, em 2000-04, e de Antonio Hallage, em 2011-15, eu os sucedi para a gestão 2015-19. A boa nova é que também me sucederá outro brasileiro, Hipólito Sérgio Ferreira, diretor 1999-01 do Rotary International e meu chefe enquanto fui governador do distrito 4420 no período 1999-00. Hipólito teve seu nome confirmado para o período 2019-23 na reunião de outubro do Conselho Diretor, e nossa experiência pretérita de trabalho conjunto será garantia de continuidade, harmonia e projeção do Brasil, com curador e diretor brasileiros em 2019-21. Parabéns ao casal Hipólito e Marilene.

A reunião da Fundação Rotária de 29 de outubro a 1º de novembro produziu decisões importantes para o futuro da instituição. Quando escrevo este artigo – em 6 de novembro, menos de uma semana depois do meu retorno –, algumas dessas decisões ainda estão pendentes, mas vale a pena listá-las para desvendar ao rotariano os temas de trabalho dos curadores da Fundação Rotária, aos quais tenho me dedicado desde julho de 2015. Vamos a elas:

1) A decisão mais interessante para o rotariano e o rotaractiano se refere à investigação da possibilidade de participação dos Rotaract Clubs nos Subsídios Globais. Trata-se de um tema defendido pelo comitê do Rotaract e por mim, como curador a ligar esse grupo junto ao conselho. A forma de participação será objeto de estudo do secretário-geral, a ser relatada perante os curadores na reunião de abril de 2019. Há algumas alternativas a serem testadas, como a participação direta dos Rotaract Clubs nos subsídios, ou a alavancagem da participação da Fundação nos casos daqueles Rotary Clubs que tenham envolvimento comprovado de seus Rotaract Clubs. A medida ainda incentiva a promoção de rotaractianos como assistentes dos coordenadores regionais da Fundação Rotária, aproximando-os dos trabalhos da Fundação. Tal conjunto de medidas foi aprovado tanto pelos diretores quanto pelos curadores;

2) Estabelecimento da Legacy Society para indivíduos ou casais que tenham feito compromissos de doação ao Fundo de Dotação em valor igual ou superior a 1 milhão de dólares. A decisão se efetivará a partir de 1º de julho de 2019;

3) Solicitação ao secretário-geral do estudo da possibilidade de se estabelecer um fundo de resposta a desastres, a ser relatado ao Conselho Curador no próximo mês;

4) Concordância em estender o acordo de parceria com a Fundação Bill & Melinda Gates para o período 2020-23, prorrogando-se para o triênio o valor de doação anual de 100 milhões de dólares dessa fundação parceira;

5) Tomada de decisões com relação às punições aplicáveis a distritos inadimplentes financeira ou documentalmente com a Fundação Rotária, inclusive com a suspensão de quatro distritos para recebimento de subsídios pela Fundação (parece incrível, mas há desvios de valores de projetos por rotarianos – aquilo que repreendemos em alguns políticos às vezes acontece em nossas fileiras);

6) Aprovação do relatório do time do Cadre destacado exclusivamente para auditar valores remetidos pelo Fundo da Pólio para a Organização Mundial da Saúde (OMS), com rotarianos voluntários auditando processos de compras e contratação de pessoas no Paquistão. Até então, a Fundação aceitava os relatórios dos auditores dos próprios parceiros, Unicef, OMS e Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Outras auditorias próprias da Fundação Rotária se seguirão.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

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