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Logo após minha primeira reunião no Conselho de Curadores, na condição de ouvinte, fui agraciado com um presente: um iPad de última geração. Lisonjeado, recebi as instruções de operação da “tralha”, que adicionei à parafernália eletrônica que monitora nossas vidas no século 21: smartphone, GPS, Waze, Whatsapp, Facebook.

O anzol é um aplicativo chamado Boardbooks, pelo qual a Fundação envia informações aos curadores. Há os livros atuais, como a súmula da reunião de junho de 2015, bem como históricos, como os arquivos das decisões anteriores. O centro de recursos contém as minutas das reuniões dos diretores e curadores desde 2011 até o presente, o Código de Políticas do Rotary, o Código da Fundação, o Manual de Procedimento. Também engloba os orçamentos do Rotary e da Fundação, o Official Directory, o Manual dos Curadores, os Institutos deste ano, a agenda de reuniões anual, o organograma da sede e a lista telefônica de todo o estafe. Não há espaço para alegar ignorância: é como se tivessem implantado um “chip rotário” em sua cabeça.

Mas voltemos às funções do curador. Num artigo futuro, tratarei de nossas parcerias com entidades congêneres, como a Fundação Bill e Melinda Gates. A relação de funções compreende, também, avaliar regularmente os programas da Fundação, sob o ponto de vista orçamentário e mesmo de conteúdo.

Além da função genérica de gerir os recursos da Fundação, os curadores participam de comitês específicos. No meu caso, do Comitê de Programas, do Comitê Financeiro, do Comitê de Relações com Ex-bolsistas e, como curador de ligação, com o Comitê Estratégico Conjunto da Fundação e do Rotary.

O Comitê de Programas, cuja reunião ocorreu entre os dias 8 e 11 de julho, tem um objetivo claro: a avaliação do Plano Visão de Futuro. O programa foi analisado detalhadamente. Seus cinco objetivos foram atingidos? Eles eram simplicidade, eficácia de custos, maior envolvimento do rotariano e clubes, sustentabilidade e consistência com a missão da Fundação. As críticas foram consideradas: as dificuldades dos clubes em entender o conceito de sustentabilidade, a controvérsia sobre a lista de despesas “permitidas”, a polêmica dos custos das bolsas versus os programas humanitários, a vedação ao investimento em construções, as dificuldades de comunicação das novas diretrizes aos distritos, as barreiras da tecnologia e do estafe.

A avaliação envolve um processo de consultorias externas, visitas da Equipe de Consultores Técnicos da Fundação Rotária (também conhecida como Cadre) aos projetos, pesquisas de satisfação junto aos distritos. Mas algumas conclusões preliminares já foram apresentadas: o número de Subsídios Globais aumentou de 2013-14 para 2014-15, passando de 868 para 1.078 (de um total de 1.652 solicitações). Seu valor pulou de 47,3 milhões de dólares para 68,7 milhões de dólares.  O nível de satisfação dos 228 distritos participantes (61 responderam à pesquisa) ficou assim: 78% consideraram-no ótimo ou bom; e 14%, péssimo ou ruim. O tempo de processamento do Subsídio Global foi reduzido de 195 para 105 dias, com meta de 40 dias úteis. O dos Subsídios Distritais passou de 59 para 36 dias úteis, com meta de 10 dias úteis.

O relatório final acontecerá em março de 2016. Ainda estamos na fase das perguntas na avaliação. Como dizia Confúcio, “não procuro saber as respostas; ainda procuro entender as perguntas”.

* O autor é Mário César de Camargo, curador da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

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