“Não faça planos pequenos”, disse o arquiteto americano Daniel Burnham. “Eles não têm magia para esquentar o nosso sangue e, provavelmente, não serão realizados.”

Quando aceitamos esse conselho de Burnham e o colocamos em prática, nós vamos longe. Fizemos grandes planos como líderes da iniciativa para erradicar a pólio e, no ano passado, a região africana da Organização Mundial da Saúde foi certificada como livre da doença.

Quando o coronavírus chegou com força total, há um ano, a Fundação Rotária rapidamente se mobilizou e concedeu 7,9 milhões de dólares na forma de 319 Subsídios para Assistência em Casos de Desastres para o enfrentamento da Covid-19. Até agora, outorgamos 317 Subsídios Globais, totalizando 24,1 milhões de dólares, para o mesmo fim. Estes últimos, combinados a Subsídios Globais previamente aprovados, cujos parceiros reformataram os projetos para combater o coronavírus, somaram mais de 32,7 milhões de dólares.

Novamente pensamos alto e lançamos o Subsídio de Grande Escala, por meio do qual anualmente outorgaremos 2 milhões de dólares a um projeto alinhado a uma ou mais áreas de enfoque do Rotary. O subsídio deve ser usado para solucionar problemas em uma área geográfica extensa onde viva um grande número de pessoas, utilizando abordagens mensuráveis e sustentáveis dentro de um período de três a cinco anos. Além disso, ele requer a participação de parceiros estratégicos com interesses semelhantes aos nossos. A ideia é também replicar esses programas em diferentes comunidades ao redor do mundo, aplicando as lições aprendidas.

Longe de fazer planos pequenos, o Rotary Club de Federal Way, nos Estados Unidos, está liderando o primeiro Subsídio de Grande Escala em parceria com Rotary Clubs zambianos e outros colaboradores, visando combater a malária na Zâmbia, país com alta incidência dessa doença. Por meio da Parceria pelo Fim da Malária na Zâmbia, o Rotary ajudará a treinar 60 funcionários da área da saúde em nível distrital, 382 empregados de instalações médicas e 2.500 agentes comunitários da saúde para salvar vidas. Também dará a eles os suprimentos e equipamentos necessários para realizar o trabalho. O objetivo é nada menos do que reduzir a malária em 90% em 10 distritos de duas províncias da Zâmbia.

Os rotarianos também estão aplicando o poder da parceria ao unir forças com diversas organizações, como o Ministério da Saúde da Zâmbia, por meio de seu Centro Nacional de Eliminação da Malária – o qual garantirá que o programa contribua para a estratégia nacional –, e a Fundação Bill e Melinda Gates e a organização não governamental Visão Mundial, que também são cofinanciadoras e implementadoras dessa iniciativa de 6 milhões de dólares.

Esse primeiro Subsídio de Grande Escala inspirará a realização de outros e terá um forte impacto nos próximos anos. É apenas o capítulo mais recente da história do Rotary, que narra como pessoas comuns se unem não apenas para fazer grandes planos, mas também para tomar medidas ousadas que transformam vidas. É uma história emocionante que você, dedicado rotariano que apoia a Fundação Rotária, está ajudando a escrever.

* O autor é K. R. Ravindran, chair 2020-21 do Conselho de Curadores da Fundação Rotária.