Nihao!

Algo incrível aconteceu em Viena em outubro. O queniano Eliud Kipchoge se tornou a primeira pessoa na história a correr os 42 quilômetros de uma maratona em menos de duas horas.

Por muitos anos, os especialistas acreditaram que isso seria impossível. Eles diziam que o corpo humano não era capaz de alcançar esse feito. Entretanto, Kipchoge conseguiu porque teve uma equipe de primeira trabalhando com ele. Os marcadores de tempo se revezaram correndo a seu lado durante todo o percurso, e outros integrantes da equipe cuidaram para que ele tivesse a energia e a hidratação necessárias. A cada poucos quilômetros, novos corredores eram enviados para acompanhar o ritmo e ajudá-lo a alcançar seu objetivo.

À semelhança de Eliud Kipchoge, o Rotary também possui uma grande equipe de apoio à medida que nos aproximamos do último quilômetro de nossa maratona para livrar o mundo da pólio. Muitos rotarianos incríveis doaram tempo e energia para que o Rotary continuasse na jornada, nos aproximando de nosso objetivo.

A Organização Mundial da Saúde certificou o tipo 3 do vírus selvagem da poliomielite como erradicado. É uma grande notícia! Também passamos três anos sem nenhum caso de pólio registrado na África, e em breve o continente poderá ser certificado como livre da doença.

O último quilômetro da nossa jornada é difícil. O Paquistão e o Afeganistão são grandes desafios, mas já enfrentamos adversidades consideráveis antes. Sempre que uma meta pareceu inatingível, os rotarianos se uniram e conseguiram alcançá-la.

Não é hora de perdermos o foco nem de pensarmos que a maratona acabou. Você consegue imaginar o que teria acontecido a Eliud Kipchoge se seus marcadores de tempo o tivessem abandonado nos três quilômetros finais? Ele poderia não ter alcançado seu objetivo.

É necessário um caráter especial para cumprir uma tarefa difícil até o fim. Esta é a hora em que mais precisamos uns dos outros. No Tao Te Ching, uma das obras fundamentais da cultura chinesa, Laozi escreveu que a jornada de mil léguas começa com um passo. No entanto, também termina com um passo. E esses passos finais exigem tanta coragem quanto o primeiro.

Vamos fazer história, Rotary! A linha de chegada está ao nosso alcance!

* O autor é Gary C. K. Huang, chair 2019-20 do Conselho de Curadores da Fundação Rotária.