Colunistas
Muito obrigado
Neste mês de junho, começo agradecendo e reconhecendo todos os rotarianos dos oito países que formam as zonas rotárias 23 e 24. Sou abençoado pela oportunidade de ter servido como diretor do Rotary International representando estes 45 distritos que, apesar de todas as dificuldades e instabilidades econômicas e políticas, vêm crescendo devagarinho.
Nunca fui diretor da América do Sul, mas um diretor do Rotary International que teve sob sua supervisão os distritos de oito países da região. Minhas decisões foram um voto dentre os 19 que integram o Conselho Diretor.
Muitos pensam que somos diretores de apenas uma determinada zona rotária, que temos “poder de decisão” nas zonas sob nossa supervisão. Isso não é verdade. A decisão é do Conselho Diretor. O dever de um diretor é acompanhar o andamento das operações da nossa organização nos distritos que integram uma determinada zona rotária. As decisões administrativas, disciplinares ou eleitorais, entre tantas outras, são determinadas em colegiado. Por isso, um diretor da Índia tem peso em uma decisão relacionada à Argentina do mesmo modo que eu influencio em uma decisão relacionada a um distrito do Japão ou dos Estados Unidos.
Tive muitas experiências e desafios ao longo do ano como diretor eleito e dos dois anos como diretor. Cresci muito pessoalmente, sem dúvida alguma. Sou muito grato a cada um dos rotarianos a que servi. Hoje vejo os oito países que tive sob minha supervisão mais unidos, mais próximos. Isso era uma meta pessoal. Percebi essa união claramente nos Institutos Rotary realizados em Foz do Iguaçu, Fortaleza, Valparaíso e Assunção. Ali eram todos rotarianos, não se levava em conta a nacionalidade, mas o amor por essa organização chamada Rotary International.
Servi a dois grandes amigos e líderes, Gordon McInally e Stephanie Urchick, que com seus boards criaram esperança no mundo por meio da magia do Rotary. Não tive apenas presidentes, mas dois amigos que moram para sempre em meu coração. Que Deus os abençoe.
E a continuidade é a grande pegada do Rotary International. Dou as boas-vindas ao meu sucessor César Scherer e à sua esposa, Sonia, como também agradeço ao Colégio de Diretores das nossas zonas rotárias formado por Mário de Oliveira Antonino, Gerson Gonçalves, José Alfredo Pretoni, Luiz Coelho de Oliveira, Carlos Enrique Speroni, Themístocles Américo Caldas Pinho, Antonio Hallage, José Antônio Figueiredo Antiório, Celia Giay, José Ubiracy Silva, Paulo Augusto Zanardi, Mário César Martins de Camargo e Julio César Silva-Santisteban Ojeda. A estes que tanto fizeram pelo Rotary International e pela Fundação Rotária em nossa região, todo o meu respeito e a minha gratidão.
A Convenção do Rotary em Calgary, no Canadá, será realizada neste mês. Estamos nos adaptando às novas realidades depois da pandemia. Os números dos participantes em eventos presenciais vêm crescendo. Tenho certeza de que em Calgary ultrapassaremos os 16 mil inscritos, um número superior aos cerca de 10 mil da Convenção em Houston e aos 13 mil e 15 mil, respectivamente, de Melbourne e Singapura. Um aumento de 60% em quatro anos.
O Rotary International se prepara para novos desafios. Em 2026, a Convenção em Taipei vem aí liderada por nosso conterrâneo Mário César de Camargo. É um orgulho termos um sul-americano novamente à frente da nossa organização.
Junho é também o mês dedicado pelo Rotary aos Grupos de Companheirismo, integrados por pessoas de diversos países que compartilham dos mesmos interesses, profissões ou hobbies. Uma ótima maneira de ampliar nosso círculo de amizades. Nós somos uma família internacional e oportunidades de networking são uma das atrações para se associar a um clube de Rotary. Mas não podemos apenas nos tratar como companheiros. Precisamos ser companheiros generosos nos momentos difíceis. Temos que cuidar dos nossos associados. Somos uma grande família mundial que começa em nossos próprios clubes e distritos.
Mais uma vez, muito obrigado pela oportunidade de servir a todos vocês. E perdão por qualquer falha. Neste mês encerro minha missão como diretor do Rotary International com a consciência do dever cumprido e de que dei o máximo de mim. Estou cansado, mas muito feliz.
* O autor é Henrique Vasconcelos, diretor 2023-25 do Rotary International.