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Ministro nigeriano fala dos casos recentes de pólio no país

out 10, 2016

O ministro da saúde da Nigéria, Isaac Adewole, disse na última sexta-feira (07/10) que o governo nigeriano está determinado a eliminar a pólio mais uma vez do seu território. A ocorrência dos novos casos da doença colocou o país de volta na lista de nações onde a poliomielite é endêmica.

Adewole se reuniu com líderes rotários na Sede Mundial do Rotary International, em Evanston, EUA, para falar do trabalho feito pela Nigéria para conter o surto da doença.

Os três casos registrados aconteceram no estado de Borno, no norte da Nigéria, que até recentemente estava sob o controle do Boko Haram. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o vírus estava circulando na região há cinco anos.

“Estes três casos nos chatearam bastante. Um só caso já teria sido inaceitável, e infelizmente isso aconteceu. Já estamos posicionados para enfrentar e vencer a doença” afirmou Adewole. “Para nós, a situação é de emergência nacional.”

Logo após a ocorrência dos casos, o ministro enviou uma equipe ao local afetado para imunizar cerca de um milhão de crianças, sendo que mais de 850.000 foram vacinadas nos primeiros cinco dias da campanha, segundo Adewole. Para reforçar os trabalhos, a nação usa simultaneamente a vacina oral e a que contém o vírus inativado da pólio.

A Nigéria também montou uma força-tarefa para tratar outros problemas em Borno, como a falta de água potável, saneamento, assistência médica e alimentos nutritivos, além de distúrbios psicossociais derivados da ocupação do Boko Haram. “A recuperação do estado de Borno é uma prioridade nacional”, afirmou o ministro.

Com apoio do Rotary e dos seus , a Nigéria já deu início a imunizações de larga escala visando chegar a 60 milhões de crianças até dezembro. O Rotary liberou 8,5 milhões de dólares para serem usados em áreas de alto risco e partes do Lago Chade.

Nações próximas, como Camarões, República Centro-Africana, Chade e Níger, também estão coordenando campanhas de vacinação. Junto com a Nigéria, esses países estão vacinando pessoas nas regiões fronteiriças. “Nós não superaremos o problema sozinhos; é essencial que os demais países estejam ao nosso lado para livrarmos a África da poliomielite”, enfatizou Adewole.

Em 2015, depois da Nigéria ter passado mais de um ano sem detectar nenhuma ocorrência de paralisia infantil, a OMS a retirou da lista de países endêmicos, declarando que o país havia conquistado o status de livre da pólio. Adewole admitiu que, depois desta conquista, a nação desviou o enfoque da pólio. “Nós cantamos vitória muito cedo, mas agora, com o que aconteceu, estamos mais do que cientes do perigo. Vamos fazer o possível para que isso não volte a acontecer.”

Adewole sabe que serão necessários muitos recursos e esforços para tirar o seu país da lista de nações endêmicas novamente, como obtenção de fundos (interna e externamente), comprometimento de milhares de agentes da saúde e definição de estratégias para vacinar todas as crianças. O governo alocou 300 milhões de dólares para os trabalhos emergenciais.

“Para nós, a erradicação da pólio significa orgulho nacional e questão de honra. Não desapontaremos nossos compatriotas nem o mundo.”

* Rotary News (Ryan Hyland)

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