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Meu intercâmbio na França
Meu nome é Iuri Gramazio Lenzi, tenho 16 anos, e no dia 27 de agosto de 2012 eu saí da cidade de Joaçaba, SC, para chegar à Florianópolis, pegar o avião até São Paulo, no aeroporto de Guarulhos, começando aí o meu intercâmbio cultural.
Meu intercâmbio foi feito na França, nas cidades de Blanquefort e Saint-Aubin-de-Médoc (pois o programa de intercâmbio do Rotary Internacional incentiva a troca de família a cada período do ano), que são duas cidades muito próximas à cidade de Bordeaux, região muito conhecida por seus vinhos e seus queijos. A região fica localizada no sudoeste francês, habitada antigamente pelos ingleses.
O programa funciona da seguinte maneira: somos enviados para o país anfitrião de nossa escolha, ficamos com uma família que não conhecemos previamente, participamos das aulas, respeitamos todos os hábitos e horários da família e da escola, e a cada três meses (normalmente, mas pode ser mais ou menos tempo) mudamos de família anfitriã, e assim até o fim.
A partir daí, tudo muda: hábitos, relações culturais, jeitos e maneiras de viver. Todos esses aspectos são completamente transformados pela cultura e hábitos do país anfitrião, que no meu caso, foi a França.
Para aqueles que pensam que por estar indo a um país europeu não mudará muito a forma de viver e de pensar, está muito enganado, não importa que país você visite, nada será igual ao que vivemos aqui, o que pode acontecer é encontrar certas semelhanças com o Brasil, mas a experiência nunca é exatamente igual. Quando viajamos a um país com o objetivo de visita-lo, não conhecemos nem 50% do que ele realmente é.
Fiquei dez meses na França e o que tenho a dizer é que essa experiência foi completamente diferente de qualquer outra que eu já vivi até hoje. Tenho total orgulho de dizer que sou ex-intercambista e que pude viver esse ano longe de todos e de tudo que eu tinha perto de mim. Admito também que não foi um ano só de flores, pois foi também um ano duro, complicado e difícil, já que sair do nosso lar, onde sabemos e temos conhecimento de tudo, para morar em país totalmente desconhecido por nós, sem falar a língua, sem conhecer ninguém e principalmente sem ter a família por perto, não é nada fácil.
Viver, aprender, conhecer, conviver. São verbos bastante conhecidos por nós intercambistas. Há também uma frase que é muito usada entre nós: intercâmbio não é um ano em nossas vidas, é uma vida em um ano. Acho que não tenho outras palavras melhores para descrever essa experiência de vida.
Vivenciei esse ano de conhecimento e cultura e isso graças ao Rotary Club de Herval d’Oeste, e lhes agradeço intensamente por isso, e claro, aos meus pais Luiz Carlos Lenzi e Jaqueline Lenzi por me dar essa oportunidade tão importante na minha vida.
Esse intercâmbio foi sem dúvida a experiência mais impressionante de toda minha vida e sei que nunca vou esquecê-lo, e para todos que conheci lá, irei carrega-los comigo a minha vida inteira.
* O autor é Iuri Gramazio Lenzi, intercambista do distrito 4740 enviado à França pelo Rotary Club Herval d’Oeste, SC.