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Laços com a ONU ajudam o Rotary a crescer

mar 24, 2015

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Praticamente todas as pessoas que trabalham na ONU sabem que o Rotary, por ser um dos parceiros na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, contribuiu à redução de 99% nos casos de pólio no mundo.

Este reconhecimento não é por acaso. Nas últimas três décadas, uma rede de representantes da nossa organização vem trabalhando para estreitar os laços com as Nações Unidas, suas agências especializadas e outras entidades internacionais, como a Liga Árabe e a União Europeia. Estas conexões aumentaram não apenas a visibilidade global do Rotary, mas também sua rede de recursos.

Por exemplo, alguns representantes do Rotary se reuniram três anos atrás com funcionários da Organização dos Estados Americanos (OEA) para analisar requisitos recomendados para a alfabetização. Como resultado, os representantes informaram os ministérios da educação de todos os países-membros da OEA sobre uma abordagem para melhorar as habilidades de leitura. O Equador se interessou pelo programa e concordou em trabalhar com três distritos rotários e oito Rotary Clubs em uma iniciativa financiada pela nossa organização, com o apoio da OEA, para treinar professores a alcançarem as metas de alfabetização.

“Fomos ao Equador e conhecemos o vice-presidente, que coincidentemente é rotariano”, explica Richard Carson, representante do Rotary na OEA. “O programa deu certo e já está sendo implementado há três anos.”

“O simples fato de termos esta presença na ONU e em reuniões de organizações não governamentais dá ao Rotary ainda mais credibilidade”, acrescenta Joseph Laureni, nosso principal representante na ONU, em Nova York.

Bradley Jenkins, ex-representante do Rotary na ONU e atual conselheiro, acrescenta: “É uma oportunidade constante para coordenarmos o que fazemos de forma coletiva. Por exemplo, temos mais de 8 mil Rotary Clubs trabalhando em projetos hídricos. Falamos frequentemente sobre seu trabalho em nossas reuniões e, claro, sempre mencionamos nossos bolsistas Rotary pela Paz.”

ORIGENS

A rede de representantes do Rotary surgiu antes da fundação oficial da ONU, depois da Segunda Guerra Mundial. Em 1942, Rotary Clubs de 21 países organizaram uma conferência em Londres, com a participação de ministros da educação, para abordar ideias relativas ao avanço da educação, ciência e cultura em todas as nações. Esta reunião foi o início do que hoje conhecemos como Unesco – a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Nossos associados ajudaram a redigir a carta de fundação da ONU, em 1945, e deram à organização forte apoio durante seus primeiros anos, até que a Guerra Fria a transformou em um campo de batalhas ideológicas. A participação do Rotary diminuiu com o passar das décadas devido ao seu princípio de não se envolver em questões políticas.

O que restaurou o interesse do Rotary pela ONU foi o lançamento da campanha de erradicação da pólio, em 1985, e a subsequente parceria com a Organização Mundial da Saúde e o Unicef.

“Com o advento do Polio Plus, foi muito importante restabelecermos nossa presença”, afirma Jenkins.

SYLVAN BARNET JR.

Sylvan Barnet Jr., um pioneiro em relações públicas, foi fundamental no restabelecimento da parceria. Ele se associou ao Rotary Club de New York em 1987. Em um evento rotário naquele ano, o presidente do Rotary Charles Keller o conheceu, reconheceu suas habilidades em relações públicas e interesse pela ONU, e lhe deu a tarefa de restabelecer o status do Rotary como consultor do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.

“Ele se tornou fundamental nas relações do Rotary com a ONU e diversas organizações”, Keller escreveu em uma carta à família de Barnet depois de seu falecimento, em janeiro. “O forte apoio do RI à ONU ao longo dos anos deve-se, em grande parte, ao trabalho dos nossos representantes. Barney [Barnet] foi o primeiro e se tornou um exemplo para todos os que o sucederam.”

Com o passar do tempo, a influência de organizações não governamentais sobre a ONU aumentou, quando questões relacionadas a meio ambiente, saúde, educação e direitos humanos passaram a ser abordadas com mais frequência. Como resultado, a influência do Rotary também aumentou. Nosso trabalho nas áreas de saúde materno-infantil, recursos hídricos e saneamento e educação beneficiou-se com estes laços e está alinhado a muitos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

O Conselho Diretor do Rotary ampliou gradativamente a nossa rede de representantes para trabalhar com agências especializadas da ONU em Genebra, Viena e Paris. Os representantes também estão ligados a outros grupos internacionais, como o Programa Mundial de Alimentos, a União Africana e a Commonwealth. A rede atualmente é composta por 30 líderes rotários, que são indicados pelo presidente do RI e transmitem regularmente as prioridades da nossa organização a tais grupos.

Em 2013, o Conselho Diretor adicionou dois representantes juvenis para a ONU e deu ao ex-secretário-geral Ed Futa a tarefa de definir a direção e as estratégias para o trabalho do Rotary com a comunidade internacional.

Os representantes em Nova York também organizam anualmente um Dia do Rotary na ONU, no qual cerca de 1.000 associados e seus convidados celebram a relação de trabalho entre as duas organizações.

– Leia mais sobre o papel do Rotary na formação das Nações Unidas

– Saiba mais sobre o Dia do Rotary na ONU de 2014

* Rotary News (Arnold R. Grahl)

** Foto: Rotary International/Monika Lozinska

Tags: Rotary, Rotary International, 2015, ONU, laços, pólio

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