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ACERVO

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A mais recente reunião do Conselho Diretor do Rotary International, em Evanston, EUA, teve início com a fala do presidente Kalyan Banerjee sobre o 34º Instituto Rotary do Brasil, em Goiânia. Neste evento, ocorrido no início de setembro, tive a honra de receber os dois maiores mandatários rotários do ano: Kalyan, com sua esposa, Binota, e o presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, William Bill Boyd, com sua esposa, Lorna, além dos amigos Luis Vicente Giay, presidente 1996-97 do RI, e Celia Giay, diretora indicada do RI. As palavras do presidente do RI me emocionaram a ponto de sentir vontade de repassá-las.

Kalyan nos disse que esteve muito feliz no Brasil, pois, além de participar de um instituto extraordinário no conteúdo e na forma, teve oportunidade de vivenciar o gigantismo do rotarismo brasileiro e da América do Sul.

Ele viu com os próprios olhos a vontade dos rotarianos em aumentar o quadro associativo. Testemunhou também a crescente captação de recursos para a Fundação Rotária e a Associação Brasileira da The Rotary Foundation e os inúmeros projetos sociais realizados.

Kalyan mostrou-se entusiasmado com o carinho e a atenção que todos lhe dedicaram. Tratou-se, em suas palavras, de uma das melhores recepções que teve durante o seu mandato na presidência do Rotary International.

Ele ficou encantado com a maior obra educacional realizada por rotarianos em todo o mundo, o Colégio e as Faculdades Integradas Rio Branco, mantidos pela Fundação de Rotarianos de São Paulo. Kalyan pôde observar a qualidade da educação ministrada às crianças e aos jovens, possibilitando a formação adequada para que eles possam ser cidadãos íntegros e participativos na vida política e social do Brasil no futuro. Essas crianças e esses jovens estão obtendo condições intelectuais para disputar oportunidades no mercado profissional.

O presidente emocionou todos ao fazer comentários com entusiasmo sobre as salas de aula que atendem crianças portadoras de deficiência auditiva e as que abrigam jovens sem condições econômicas e sociais satisfatórias. Estes recebem orientação profissional totalmente gratuita em diversas áreas para se habilitarem a disputar uma oportunidade no mercado de trabalho altamente competitivo em que vivemos.

Projeção mundial

Senti-me extremamente feliz e recompensado, apesar de distante do meu rincão, ao testemunhar a maior figura rotária enaltecer o nosso Brasil e o nosso Rotary na presença de diversos diretores de diferentes partes do mundo.

Fiquei gratificado na qualidade de representante de um país que é reconhecido pelo seu grande desenvolvimento socioeconômico, ainda mais porque nós, voluntários rotarianos, buscamos, por meio de nossas ações e projetos, diminuir as diferenças ainda existentes em nossa sociedade.

Meus companheiros, em tais momentos de euforia é que sentimos um mundo em transformação. Nós brasileiros devemos nos orgulhar, pois atualmente somos reconhecidos como força política, econômica e social, alinhados entre as nações desenvolvidas. E muito desse desenvolvimento deve-se à dedicação de rotarianos, os quais, por meio de projetos de prestação de serviços, têm participado, como cidadãos íntegros que são, nas mudanças da sociedade.

Quero compartilhar com todos vocês a alegria de ter coordenado o grande evento de Goiânia. Lá plantamos uma semente que germinou rapidamente e nos possibilitou mostrar o nosso gigantismo.

O sucesso foi possível porque tivemos a presença dos governadores distritais – passados, presentes e futuros – e dos diretores. Todos eles, juntos a inúmeros líderes rotários e cônjuges, estiveram ao nosso lado em um momento muito especial.

Treinamos, reciclamos, motivamos, orientamos e demos sugestões aos instrutores distritais, presidentes das Comissões Distritais do Desenvolvimento do Quadro Associativo, da Fundação Rotária e da Imagem Pública, os governadores assistentes, delegados ao Conselho de Legislação, os responsáveis pela juventude, pelo intercâmbio de jovens e os delegados das comissões interpaíses. Ouvimos palestras que enriqueceram os nossos conhecimentos, graças às autoridades e aos especialistas de renome nacional e internacional.

A competência e dedicação dos governadores e cônjuges dos distritos 4530 e 4770, liderados pelo casal chairman do Instituto, Claud Wagner e Sandra, batalhadores e extraordinários anfitriões, os quais, somados ao Colégio de Governadores do meu distrito 4610, fizeram do 34º Instituto Rotary do Brasil um modelo a ser repetido.

Ana Lúcia, eu e meus filhos, além de homenageá-los, queremos agradecer a Deus para que Ele continue nos iluminando. Que em Vitória, Espírito Santo, no 35º Instituto Rotary do Brasil, sejamos tão felizes quanto fomos em Goiânia neste ano. Se você estiver conosco, o sucesso estará garantido.

Serviços Profissionais

Mas não basta exprimirmos nossa empolgação pelo encontro de Goiânia. É necessário falarmos do Rotary no dia a dia.

Outubro é o mês em que o Rotary International dedica todas as atenções à Avenida de Serviços Profissionais, aquela que mais se adequa aos nossos princípios e objetivos.

Os Serviços Profissionais correspondem ao segundo objetivo do Rotary: “O reconhecimento do mérito de toda a ocupação útil e a difusão das normas da ética profissional”.

Tal objetivo nos leva a observar a Prova Quádrupla, que aborda a ética e nos mostra que o Rotary fomenta o ideal de servir por meio de nossas profissões.

Para sermos rotarianos, devemos ser detentores de uma classificação profissional, pois como associados representamos um corte transversal das nossas comunidades, e é por isso que o Rotary nos orienta a mantermos em nossos quadros a diversidade.

O corte transversal nos permite falar em representatividade, e esta nos leva a ser ou nos tornar líderes, e é assim que trabalhamos por uma sociedade mais justa e humana, priorizando o princípio da cidadania.

Por meio de nossas profissões, nosso conhecimento e companheirismo, evidenciamos uma relação entre pessoas no âmbito das nossas comunidades. Realizamos projetos e programas do Rotary que nos interligam ao mundo e consolidam a compreensão e a paz.

Como profissionais, somos impulsionados a falar na nossa imagem pública, contudo a melhor imagem é sermos modelos como cidadãos íntegros, responsáveis, competentes, humildes, tolerantes, motivadores, revelando, através do nosso perfil e de nossas ações, a marca do “ser rotariano”.

O Rotary é a ferramenta adequada para a mudança da sociedade, desconsiderando aqueles que se utilizam de nós para se servir e não servir.

No Rotary, não podemos imaginar sermos caritativos ou benemerentes. Nossa história mostra que o nosso crescimento se deu quando existia a honra em usar na lapela a roda do Rotary, que por si só simboliza a retidão, a ética e a moral. Estes são instrumentos vitais para nos tornarmos modelos em nossas famílias, permitindo continuar as nossas ações corretas e aplaudidas e corrigir hábitos imprudentes para agirmos com competência para envolver a humanidade.

Dessa forma, estaremos aptos para envolver particularmente a juventude, orientando, motivando, dialogando, mostrando o caminho da verdade, da justiça, do amor e da felicidade.

Companheiros, o Rotary é amplo. Ele oferece oportunidades de amar, criar amizades, buscar felicidade, sonhar com a paz e caminhar para um mundo melhor.

* O autor é José Antonio Figueiredo Antiório, diretor 2011-13 do Rotary International.

Na foto, no jantar de encerramento do Instituto de Goiânia, os casais José Antiório e Ana Lúcia e Kalyan Banerjee e Binota. Crédito: Sergio Afonso.

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