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Irmanados nos valores do Rotary

jun 30, 2023

Crie Esperança no Mundo, nosso lema rotário 2023-24, nos traz um momento de reflexão acerca da responsabilidade de ser rotariano, do por que ser rotariano. O lema é apenas um alerta para o momento atual, o Rotary International é o mesmo.

Somos um time que deve ter como norte a continuidade. Não existe meu ano, o ano dele. Somos um time que deve ter em mente que unidos somos mais fortes.

O presidente do Rotary International, Gordon McInally, traz um ponto novo para darmos uma especial atenção: a saúde mental. Um dos pontos mais atuais neste momento. Quem de nós não conhece alguém com depressão, ansiedade, ou mesmo casos de suicídio? Depois da pandemia, do confinamento, da grande recessão econômica, o mundo para muitos se tornou obscuro, e muitos sofrem no silêncio, muitas vezes, próximo de nós.

A saúde mental é uma guerra que atinge hoje mais pessoas pelo mundo do que as guerras da Ucrânia ou Síria. É uma guerra silenciosa que atinge a todos, independentemente de classe social, gênero ou até idade. Precisamos ser luz para as pessoas que sofrem e que muitas vezes só precisam de atenção e uma palavra meiga.

O empoderamento de meninas se mantém na pauta do Rotary. É um assunto de dívida histórica com as crianças e mulheres pelo mundo. E mais, não acontece só em lugares miseráveis. A ausência de equidade salarial entre homens e mulheres é algo inadmissível nos tempos de hoje. No meu Nordeste, quantas crianças, meninas, ficam em casa para ajudar a mãe enquanto seus irmãos vão à escola?

Não podemos fechar os olhos para desigualdades e injustiças em nossas comunidades. Por isso, mesmo as empresas globais têm em seus programas internos o DEI – Diversidade, Equidade e Inclusão. Em muitos lugares, esse programa foi muito mal apresentado, em minha opinião. Não se trata apenas de diversidade de gênero ou de orientação sexual. É também, mas é muito mais do que isso. É diversidade de raças, profissões, idade, culturas, religiões e, a mais importante, respeito à diversidade de ideias dentro de nossos clubes e comunidades.

Equidade. O que adianta ter mulheres em nossos clubes se elas não têm acesso a serem líderes, por exemplo? E vale para toda a diversidade de que estamos falando.

Inclusão. Darmos condições para que todos participem por igual. Somos espelhos das nossas comunidades e temos de estar representados assim em nossos clubes. Assim as compreenderemos melhor e poderemos saber por onde caminharmos.

O Rotary International nos faz pensar, mesmo que alguns não gostem, que Deus (independentemente da fé) é sábio e perfeito, nos fez diferentes. Mas nos fez com poder de raciocínio, o que nos faz, pelo menos os sábios, vermos que somos todos irmãos, companheiros nesta vida, que podemos fazer o certo ou errado, mas que o rotariano sempre caminha para o certo, criando esperança no mundo.

* O autor é Henrique Vasconcelos, diretor 2023-25 do Rotary International.

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