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Intercambista do Paraná relata sua experiência de sucesso com o Intercâmbio de Jovens do Rotary

ago 6, 2013

Em sua edição de agosto de 2013, a Brasil Rotário traz como matéria de capa o intercâmbio de jovens, atividade na qual o Rotary é pioneiro, tendo a realizado pela primeira vez em 1929. Desde 1972, a instituição encoraja todos os Rotary Clubs e distritos a participaram do seu Programa de Intercâmbio de Jovens, que atualmente envolve cerca de 80 países e contempla 9.000 estudantes por ano. No período 2012-13, Leonardo Cardoso da Cruz foi um desses estudantes – ou embaixadores da paz e da compreensão mundial, como são chamados. Selecionado pelo projeto Jovem Destaque do distrito 4730 (leia mais na página 23 da revista), o paranaense, então com 16 anos de idade, deixou o município de Bocaiúva do Sul para um intercâmbio de longa duração na Bélgica. Leonardo, que retornou ao Brasil no final de julho de 2013, foi um dos entrevistados para a matéria e seu relato será publicado na íntegra aqui no site. Nessa primeira parte ele relembra a experiência do processo seletivo para o intercâmbio.

Confira abaixo a primeira parte do relato de Leonardo Cardoso:

Meu intercâmbio se passou durante o período de 2012-13, na Bélgica, e meu clube do Brasil foi o Rotary Club de Curitiba-Oeste. Desde o começo do intercâmbio, tudo foi um processo seletivo, desde a seleção do estudante da minha cidade até a seleção do Rotary. Na verdade, foi muito estranho tudo o que aconteceu e eu nunca imaginei que poderia ser eleito para fazer meu intercâmbio.

Tudo começou na minha cidade com a seleção dos dez melhores alunos da minha escola. Logo de cara, já tinha em minha mente a impressão de que não seria possível, mas sempre pedi forças a Deus e sempre o coloquei em minha frente. Nessa seleção tínhamos que fazer uma redação sobre Por que deveríamos ser escolhidos para fazer um intercâmbio. Escrevi tanta coisa que nem eu mesmo sabia o que estava escrevendo, mas nunca saí do foco da questão. Pois bem, dentre os dez eu fui escolhido para passar para a segunda parte do processo de seleção do Rotary.

Quando fui à primeira reunião do Rotary, achei tudo tão normal e um pouco estranho também, mas isso não me incomodava. Depois de um tempo, comecei a me apegar muito ao Rotary, pois muitas pessoas começaram a se importar comigo de alguma forma (é um sentimento estranho que só a gente entende). Ganhei muitos conselhos para as etapas seguintes e fui super confiante. Quando conheci os outros cinco jovens destaques, pensei que tinha sonhado em vão. Eu pensava que todos eram mais espertos que eu e, além do mais, sabiam falar outras línguas. Eu me sentia muito perdido, razão pela qual não conseguia me enturmar com os outros.

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Leonardo recebendo o título de Embaixador da Província de Liège, na Bélgica, um reconhecimento por ter demonstrado plena adesão aos princípios consagrados na Carta dos Embaixadores de Liège

Quando chegou o dia da prova do Rotary, estava muito nervoso, pois não sabia se conseguiria (mas vou contar um segredo: fiquei três semanas indo à escola somente para estudar coisas sobre o Rotary, eu nem prestava atenção às aulas durante essas semanas, meu único objetivo era conseguir meu intercâmbio). Fiz a prova dando meu melhor e creio que fui bem recompensado. Depois foi a hora da atividade com todos os jovens. Era uma dinâmica que consistia em fazer barquinhos e relacioná-los de alguma forma com o Rotary. O objetivo era ver a capacidade de interação entre nós, futuros intercambistas. Eu fiquei meio nervoso, mas creio que me saí bem.

A última etapa era uma visita à casa dos seis jovens destaques, com o acompanhamento de psicólogos e outros rotarianos para saber se o jovem estava realmente preparado para seu ano em intercâmbio. Foi um pouco difícil, isso porque moro em uma casa muito simples, em uma fazenda, num vilarejo não muito conhecido, e estava com muita vergonha de recebê-los, e além do mais, eu estava trabalhando, então cheguei bem em cima da hora. De um ponto de vista foi até engraçado, porque minha mãe fez uma super faxina na casa e ela até me mandou arrumar meu guarda-roupa um dia antes, com medo do que as pessoas do Rotary poderiam pensar em ver meu quarto todo bagunçado.

Eu estava com muito medo do que poderia acontecer, mas uma frase me deu muita motivação pra seguir em frente. A dona Sueli de Fátima Inckot, esposa do senhor Romualdo José Inckot (governador 2011-12 do distrito 4730), me olhou diretamente e disse: “Leonardo, aqui todo mundo teve que trabalhar muito pra chegar aonde chegou, ninguém aqui nasceu em berço de ouro, e você também vai trabalhar muito e vai ser um grande vencedor, porque você merece”. Essa foi a frase que me fez chegar aqui onde estou.

No dia do jantar com o Rotary, no qual o governador iria dizer quem era o escolhido para fazer o intercâmbio, jamais pensei que eu poderia ter sido um dos escolhidos – na verdade, nós, os jovens destaques, pensávamos que somente um iria fazer o intercâmbio, mas eu e mais três conseguimos esse sonho. Esse foi o dia mais feliz da minha vida.

Tags: Rotary, Rotary International, Brasil Rotário, Agosto 2013, Intercâmbio de Jovens do Rotary, Capa, intercambista, Leonardo Cardoso da Cruz, Bélgica, Jovem Destaque

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