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Fake news versus saúde

jan 2, 2020

Movimento antivacina, tratamentos alternativos e curas “naturais”. Como devemos agir diante desse panorama?

Uma situação inusitada aconteceu com a rotaractiana Gabriela Costa, de 25 anos, em outubro, que é marcado pelo Dia Mundial de Combate à Pólio, no dia 24. Ela participava do estande da campanha End Polio Now, no Shopping Mueller Joinville, quando uma mulher se aproximou acompanhada por uma adolescente. “Eu quero saber por que minha filha está assim!”, reclamou a visitante. A jovem apresentava manchas pelos braços e pernas e a mãe acreditava que alguma vacina devia ter sido responsável pelo problema. Os voluntários do estande informaram que não eram agentes de saúde e a aconselharam a levar a jovem a um posto de saúde – “Talvez seja uma alergia”, ponderou Gabriela –, mas a mãe já estava alterada. “Não vacino mais minha filha. Não acredito nisso!”, respondeu.

O trabalho de esclarecimento sobre a pólio em Joinville, cidade no norte de Santa Catarina com quase 600 mil habitantes, já é uma tradição que reúne os 11 clubes de Rotary locais, além de Rotaract e Interact Clubs – e até um Rotary Kids. Em sua última edição, o estande agregou alertas contra o sarampo. Joinville é uma das cidades brasileiras que viram os surtos de sarampo renascerem.

Do fim de setembro a 9 dezembro, a Secretaria de Saúde de Joinville contabilizou 86 casos da doença. Outros 78 casos suspeitos estavam sendo investigados. A expansão do surto foi rápida: até o final de novembro, a cidade havia registrado 75 pessoas acometidas pelo vírus. Desse número fez parte o marido de Gabriela.
“Os comentários aqui na cidade são de que o movimento antivacina foi responsável por a doença ter se
alastrado”, conta a rotaractiana. “Fui percebendo em conversas, principalmente entre pais jovens, que eles não acreditam que a vacinação seja importante para os filhos, por mais que tenham acesso a informação e haja
várias campanhas, pois a Secretaria de Saúde está em cima.”

No Brasil, o sarampo tem servido para mensurar os novos desafios na área da saúde. De janeiro a novembro do ano passado, foram confirmados 10.429 casos da virose em todo o país, enquanto 19.537 permaneciam em investigação – segundo boletim da Secretaria de Vigilância em Saúde do Governo Federal.

Leia a matéria na íntegra na edição de janeiro da Revista Rotary Brasil (digital ou impressa).

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