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Equipe de formação profissional da Fundação Rotária trabalha com a Mercy Ships para combater doenças

nov 13, 2013

AFM SHIPS WEB LOGO HULL EXTERIOREm março, ao visitar o Hospital Donka, em Conakry (Guiné), uma equipe de profissionais da área da saúde ficou surpresa ao ver umas coisas verdes no chão. A princípio eles pensaram que aquilo era uma obra artística, mas na verdade eram aventais e campos cirúrgicos que haviam sido lavados.

Esta equipe de formação profissional da Fundação Rotária é a primeira a trabalhar em parceria a Mercy Ships. O distrito 7690 (Carolina do Norte, EUA) patrocinou a equipe através de um Subsídio Predefinido. Os cinco membros da equipe deram treinamento aos profissionais da Guiné nos dois hospitais nacionais.

O Africa Mercy, um navio-hospital de 150 metros, está ancorado no porto de Conakry para uma missão médica de dez meses. Os funcionários da Mercy Ships e especialistas convidados terão diversas tarefas, como a instalação de clínicas médicas e odontológicas, exames médicos, cirurgias a bordo e atividades para educar a população do país.

“A Mercy Ships explora opções para continuar ajudando os profissionais locais após a partida do navio”, disse Michelle Bullington, que ajudou a treinar a equipe. “A melhoria das técnicas de esterilização teria um impacto sustentável.”

Rick Snider, ex-governador do distrito 7690, que trabalhou cinco anos em um navio da Mercy Ships com sua esposa Linda, coordenou o projeto da Guiné. Além disso, ele recrutou a governadora assistente Jenny Braswell, uma oficial de saúde pública recém-aposentada que já participou de inúmeros projetos do Rotary nas áreas rurais da Nicarágua e Jamaica, como líder da equipe. Seu marido, Sherrill, foi o primeiro membro a ser recrutado para a equipe do projeto. Os outros membros selecionados foram alguns colegas de profissão de Braswell.

A missão começou com uma visita ao Hospital Deen, onde ataduras e gazes estavam estendidas em corrimãos para serem secas e depois reutilizadas. As mesas de exame não possuíam papel esterilizado e o hospital quase não possuía suprimentos e equipamentos como autoclaves e lixo para resíduos médicos. Os médicos e enfermeiros utilizam suas próprias luvas, máscaras e aventais.

A equipe também visitou o Hospital Donka, onde baldes com água são usados para dar descarga nos sanitários e as quedas de energia são constantes. “Os funcionários tocam os pacientes sem luvas. Existem pacientes com feridas sem curativo, há moscas e baratas no ambiente, e um esgoto a céu aberto do lado de fora de uma ala para pacientes”, disse Sherrill Braswell, adicionando uma observação que ela repete inúmeras vezes como se fosse o slogan de uma campanha: “Eles estão fazendo o melhor que podem com aquilo que possuem.”

Durante uma semana, a equipe deu treinamento para redução de infecções, abordando temas como o uso de luvas cirúrgicas, máscaras e aventais; controle de ratos e mosquitos; uso de água sanitária como desinfetante; controle de doenças infecciosas e a importância de se lavar as mãos.

“Cinquenta por cento das infecções hospitalares podem ser evitadas através da correta lavagem das mãos ”, disse Lyon. “É importante esclarecer que os géis antissépticos matam as bactérias, especialmente onde muitas vezes não há água corrente”, enfatiza Jenny Braswell.

O diretor do Hospital Donka, Hadja Fatou Sikhé Camara, disse que seu hospital deseja reduzir o índice de infecções, “mas não possui os equipamentos e suprimentos necessários. Estamos dispostos a fazer o necessário, mas como um país subdesenvolvido, não possuímos os meios.”

A lista de Sherrill Braswell sobre o que é necessário para se reduzir as infecções é longa: mais autoclaves, antibióticos, vacinas, mosquiteiros e luvas de borrachas, além de computadores para análise de sangue e uma fonte de água confiável.

Mesmo pequenas mudanças podem ter um grande impacto, disse a equipe. “Se eles pudessem fazer com que os pacientes e funcionários lavassem suas mãos, e se pendurassem os aventais e campos cirúrgicos ao invés de secá-los no chão, isso resultaria em uma melhoria significativa, mas a falta de equipamentos e suprimentos não pode ser ignorada.” explica Jenny.

A equipe irá continuar seu trabalho de casa, tentando adquirir e entregar materiais aos hospitais que precisam. “Os funcionários do hospital são capazes de fazer o trabalho, mas precisam de suprimentos”, diz Braswell.

* The Rotarian (Kate Nolan)

Tags: Rotary, Rotary International, Mercy Ships, Guiné

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