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Crescendo por meio do serviço

ago 1, 2023

Antes de entrar no Mês do Desenvolvimento do Quadro Associativo e de Novos Clubes, gostaria de falar um pouco sobre o mês de julho, dedicado à área de enfoque Saúde Materno-Infantil. Nossas zonas rotárias 23 e 24 têm, em especial, uma necessidade muito grande de apoiar projetos e ações nesse campo. Infelizmente, os países que englobam a região apresentam deficiências gritantes nesse tocante. E o que dizer sobre mães e crianças? Existe algo mais puro e frágil?

Vi isso claramente quando meu clube fez um projeto de Subsídio Global da Fundação Rotária em parceria com o Rotary Club de Windsor-Roseland, ao qual nossa presidente do Rotary International em 2022-23, Jennifer Jones, é associada. O Ceará é uma referência em transplante de órgãos no Brasil, mas não tínhamos uma UTI voltada a crianças transplantadas, com decoração que proporcionasse um ambiente confortável, com televisor para os pequenos pacientes passarem o tempo durante sua recuperação e um local para acomodar o responsável por eles.

No dia da inauguração, quando entregamos os equipamentos, qual não foi a nossa surpresa ao chegarmos ao hospital e encontrarmos os leitos já ocupados pelas crianças. A necessidade era tanta que não podiam esperar pela inauguração. Aquilo me tomou de um amor extremo, do prazer de ser rotariano, de nos sentirmos necessários. É preciso apoiar as mães e suas crianças. Particularmente nós que, não canso de dizer, somos privilegiados e responsáveis por aqueles que não tiveram a mesma sorte.

E quando falo de desenvolvimento do quadro associativo, falo acima de tudo que precisamos servir. Precisamos experimentar emoções como a que descrevi. Isso fideliza o rotariano. Assim ele sabe que pode fazer a diferença e que juntos em um clube de Rotary podemos fazer muito mais.

Sempre me faço a seguinte pergunta: “Se meu clube fechasse hoje, alguém sentiria nossa falta?”. Você já fez esse questionamento sobre seu clube? Clubes que servem não têm problema com quadro associativo ou com doações à Fundação Rotária, pois eles entendem a necessidade de trazermos mais rotarianos para mudar a vida das nossas comunidades. E esses novos associados vêm e ficam porque sabem que são necessários. Compreendem que por meio da Fundação Rotária podemos utilizar a internacionalidade do Rotary e seus recursos gerados pela união dos povos. A dor de um menino pobre no sertão de Pernambuco não é diferente da dor de uma criança alemã.

O Rotary aprendeu muito com a pandemia. Hoje somos mais flexíveis, damos oportunidade àqueles que querem ser rotarianos, mas têm dificuldade de participar de uma reunião durante a semana. Somos presenciais e virtuais. Somos Satélites: em localidades sem condições de iniciar um clube com 20 associados, esse tipo de clube pode ser apadrinhado por um clube “padrão”, crescendo devagarinho até atingir a quantidade mínima de 20 associados e alçar voo como clube independente. Temos vários exemplos de sucesso.

Mas vocês já ouviram falar da Candidatura de Associação? No Meu Rotary existe um caminho para que aqueles que ouviram ou viram algo sobre nossa organização possam se candidatar a rotarianos. O Escritório do Rotary International no Brasil (Ribo) tem uma lista por localidade de pessoas que querem fazer parte de um clube de Rotary. No entanto, apenas 5% delas recebem uma resposta dos clubes. Acreditam que 95% dos que nos procuram, interessados em se associar, ficam sem esse retorno?

É claro, devemos ter as formalidades, conhecer as pessoas interessadas, sua candidatura deve passar pelas comissões de Admissão e Classificação, elas devem ser levadas informalmente a uma reunião ou ação do clube e receber muita informação rotária antes de ingressarem em nossos quadros, mas nada justifica que fiquem sem resposta.

Vamos fazer o Rotary crescer? Crie Esperança no Mundo trazendo novos companheiros para fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

* O autor é Henrique Vasconcelos, diretor 2023-25 do Rotary International.

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