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Para isso os rotarianos devem enxergar os novos tempos e promover projetos consistentes

Há um ano, os coordenadores do Rotary Alceu Eberhardt e José Ubiracy, o Bira, este diretor, todos os governadores distritais do período e diretores estávamos extremante preocupados com o desafio imposto pelo Rotary International aos distritos brasileiros.

O desafio consistia em atingir, até 30 de junho de 2012, 1.200 associados em todos os distritos. Não conseguindo, teríamos um redistritamento, culminando com a perda de dez distritos brasileiros. Isto significaria uma presença menor do Brasil nos debates do Conselho de Legislação e na consecução de representatividade para as Zonas Rotárias localizadas em nosso país. Nossos governadores distritais 2011-12 foram brilhantes e mantivemos a nossa presença marcante no Rotary. Em nome do rotarismo de nossa pátria, parabenizo-os fraternalmente por vencer esta etapa.

Vivemos hoje um novo ano sob o lema Paz Através do Servir do presidente Sakuji Tanaka, que, para nossa felicidade, neste mês de setembro participa do 35º Instituto Rotary do Brasil, em Vitória. Lá esperamos por você.

Para Sakuji, a principal meta é manter e crescer o quadro associativo, e para isso contamos com o empenho de cada rotariano. Muitos poderiam se perguntar o motivo da insistência em crescimento. Responderíamos simplesmente que a sobrevivência de qualquer organização depende exclusivamente desse fator.

Precisamos planejar

O Conselho de Legislação do Rotary International lançou um comitê destinado a criar estratégias para atingirmos nossas metas. Nasceu assim o Planejamento Estratégico. Desse planejamento deriva a criação dos Planos de Liderança Distrital e de Clubes. No entanto, observando-se mais atentamente a questão, ponderou-se que as estratégias precisam estar adaptadas a critérios regionais, já que o mundo é composto por regiões culturalmente distintas.

Planos regionais

Portanto, estão sendo criados planos regionais para as diversas áreas de enfoque e, em especial, para o desenvolvimento do quadro associativo, de tal forma que em três anos possamos chegar à casa do 1,5 milhão de associados.

Conseguiremos essa marca se voltarmos às nossas origens, conhecendo o que é a nossa organização, seus princípios éticos e morais, a diversidade, a integridade por meio dos conceitos das cinco Avenidas de Serviços (Serviços Internos, Profissionais, à Comunidade, Internacionais e às Novas Gerações).

Estivemos ao lado do presidente do Comitê Internacional do Rotaract e Interact, o governador distrital 2003-04 José Luiz Toro da Silva, nos primeiros dias de agosto, em Evanston, EUA, dialogando com companheiros de várias partes do mundo na presença de jovens rotaractianos, e fomos surpreendidos por explanações fantásticas. Os jovens querem estar ao nosso lado no Rotary para troca de ideias, experiências, conhecimento, amizade e intercambio profissional.

A Geração Y pensa de forma diferente de nós e quer coisas práticas, objetivas e eficientes.

Precisamos preparar os clubes

Os clubes são a expressão maior da existência do Rotary. É por isso que os nossos associados, se não se atualizarem e não enxergarem os novos tempos, poderão nos levar ao desaparecimento.

Nesta linha de pensamento é que devemos revigorar os clubes, com reuniões sérias, responsáveis, programadas, estimulantes, rápidas, eficientes e que permitam ao associado jovem ou da melhor idade estarem felizes e otimistas com a organização à qual pertencemos.

Da mesma forma, devemos conhecer os diversos projetos que o Rotary nos oferece, como Rylas, orientação profissional, Intercâmbio de Jovens, bolsas educacionais, Intercâmbio de Grupos de Estudos e as iniciativas voltadas ao meio ambiente e que contemplam as ênfases presidenciais – dentre as quais recursos hídricos, saneamento básico, cooperativas de microcréditos, educação, saúde e o nosso maior projeto em âmbito mundial: a erradicação da pólio.

É necessário que sejamos espelhos para as nossas comunidades, realizando projetos realmente necessários e de interesse para elas.

Os nossos administradores

O Rotary é simples e como tal precisamos agir em nossas caminhadas administrativas. A humildade, tolerância, motivação e eficiência são as marcas do administrador. Precisamos nos preocupar com a nossa imagem de homens e mulheres responsáveis na busca do ideal de servir.

Temos que revisar a praxe de nos preocupar em organizar eventos fantásticos e de alto custo, como posses, conferências e outros encontros, realizando o nosso trabalho com eficiência e, em especial, com conteúdo rotário eficaz.

Foi criada uma mentalidade de que um bom administrador rotário precisaria ser um festeiro, contribuir demasiadamente para a Fundação Rotária e promover, desordenadamente, o crescimento do quadro associativo. Creio que tudo isso é importante, mas de forma organizada e planejada, para que os frutos sejam eficazes.

Se tivermos um crescimento líquido de 3% ao ano e retivermos o nosso quadro associativo; se cumprirmos junto à Fundação Rotária a meta de Todos Rotarianos Todos os Anos com uma per capita de 100 dólares ou mais; se obtivermos, por meio de empresários comprometidos com a responsabilidade social, um aumento das Empresas Cidadãs, criadas pelas ABTRF; e se realizarmos eventos com grande conteúdo rotário, cumpriremos elegantemente o papel de administradores, concedido por todos os rotarianos de nossos clubes e distritos.

Todo administrador rotário deve ter em mente que o Rotary é sábio. Por conta dessa sabedoria foi criado o mandato de apenas um ano. Após o vencimento desse mandato, voltamos a ser rotarianos sem pompa. Façam uma reflexão e sejam homens e mulheres felizes cumprindo o dever de comandar por um ano. Assim faremos a presença da nossa marca Rotary e encontraremos a Paz Através do Servir.

* O autor é José Antonio Figueiredo Antiório, diretor 2011-13 do Rotary International.

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