Recentemente, o Rotary fez uma pesquisa com os associados e constatou algo que não deveria ser surpresa, mas que, mesmo assim, fez com que muitos de nós, na liderança da organização, parássemos e prestássemos atenção: o fator mais importante para a satisfação dos associados é a experiência que eles têm em seus clubes. O quanto se sentem à vontade, o quanto as reuniões são gratificantes e o quanto se sentem engajados em projetos.

Vi isso em primeira mão em todo o mundo do Rotary este ano. Quando os associados sentem uma conexão emocional com seus clubes, não conseguem se imaginar saindo. E essa conexão é, muitas vezes, criada em “momentos rotários” – quando as pessoas sentem um vínculo especial com aqueles ao seu redor e o impacto de seus serviços humanitários. Nossa tour Imagine o Impacto visa dar destaque a esses momentos e incentivar nossos associados a contarem suas histórias.

Mas há outra coisa que faz uma enorme diferença na construção e manutenção dessa conexão: garantir o conforto e zelar pelos nossos associados – tanto rotarianos quanto rotaractianos. Como diz meu amigo Todd Jenkins: “As pessoas não podem ver a sua forma de pensar, mas com certeza podem ver suas ações”.

Estamos no setor de relacionamentos e, se cuidarmos uns dos outros, demonstrando uma preocupação genuína, criaremos amizades duradouras e faremos o possível para ampliar esse círculo de amigos.

A questão é: como podemos viver com os olhos bem abertos e fazer aquilo que realmente importa? Fazemos isso dedicando tempo uns aos outros, nos ouvindo atentamente e tratando todos os associados do Rotary como igualmente valiosos, independentemente do tempo de associação ou cargo ocupado.

Pessoas como eu, na liderança do Rotary, podem oferecer todos os tipos de conselhos sobre como tornar mais valiosa a experiência proporcionada pelo clube. No entanto, o mais importante é que todos os associados, em todos os clubes, falem e ouçam uns aos outros. Nunca devemos ter medo de compartilhar com nossos companheiros do Rotary o que esperamos da nossa associação, conversando abertamente sobre como fazer isso acontecer.

Liderar um Rotary Club é viabilizar esse diálogo e estar disposto a experimentar novas abordagens. Fazer uma boa liderança é saber cedê-la, apoiar os outros e permitir que eles sintam a vitória.

Tenho um último pedido aos líderes de clube. Ainda precisamos fazer mais em todo o mundo para aumentar o número de mulheres. Houve um pequeno aumento este ano, mas sei que podemos e devemos fazer um trabalho melhor. O Rotary voltou a crescer. Enquanto escrevo isto, estamos quase superando a marca de 1,2 milhão de rotarianos novamente. Então, vamos redobrar nossos esforços para impulsionar nossos clubes com excelentes novos associados e, em seguida, mantê-los para a vida toda, zelando por eles e prezando por seu conforto.

* A autora é Jennifer Jones, presidente 2022-23 do Rotary International.

** Foto: Monika Lozinska

Jennifer Jones se reuniu com associados do Rotaract no Dia Mundial de Combate à Pólio de 2022 e no evento Além: Um Futuro Mais
Saudável para Mães e Filhos, realizado na Organização Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça