NOTÍCIAS
Conheça os esforços do Rotary no combate ao HIV
O surto recente de ebola matou milhares de pessoas no oeste africano, gerando estado de alerta no mundo todo. Apesar de assustador, o ebola empalidece perante a aids, doença que mata mais de um milhão de pessoas por ano, a maioria na África.
“Embora o ebola tenha atingido níveis alarmantes, ele jamais causará tantos danos quanto a epidemia de HIV/aids”, afirmou o Dr. Timothy Erickson, diretor do Centro de Saúde Global da Universidade de Illinois, em Chicago, durante o evento Rotary’s World AIDS Day, que realizamos em 1° de dezembro.
Segundo Erickson, um certo desgaste por parte dos doadores provocou a queda das contribuições à prevenção e pesquisa sobre a aids. Os avanços feitos na área biomédica acenam com a possível eliminação da doença, e os remédios existentes permitem que o portador do vírus viva normalmente sem desenvolver a aids. Outro ponto positivo é que o portador do HIV que recebe tratamento fica 95% menos propenso a transmitir o vírus se comparado a outro portador que não esteja se tratando.
Com nossa ênfase em prevenção e tratamento de doenças, combatemos o HIV/aids. São vários os Rotary Clubs que patrocinam projetos para as vítimas da doença e realizam fóruns de orientação para jovens. O Grupo Rotarianos em Ação pela Saúde da Família e Prevenção da Aids (RFHA) organiza Dias da Saúde da Família na África Subsaariana para fornecer diagnóstico e aconselhamento sobre o HIV, entre outros serviços de saúde.
Apesar dos avanços, há empecilhos para ajudar quem precisa. Um grande obstáculo, de acordo com um especialista que palestrou no nosso Rotary’s World AIDS Day, é o estigma que acompanha a enfermidade. “Uma das coisas que dificulta nosso trabalho de diagnosticar as pessoas e encaminhá-las para tratamento é o seu medo de sofrerem preconceito”, disse Matt Richards, diretor do Care2Prevent na Universidade de Chicago, um programa de prevenção e tratamento do HIV voltado a crianças e adolescentes. “Menos de 25% dos soropositivos nos Estados Unidos recebem tratamento para manter o vírus sob controle.”
Com seus Dias da Saúde da Família, o RFHA minimiza o estigma ao falar com as pessoas presentes. As mães levam seus filhos para serem vacinados contra a paralisia infantil e sarampo, e os adultos costumam ir para saberem se têm tuberculose, malária, diabetes, hipertensão e aproveitam para fazer o teste de HIV.
“Temos algo para todos”, disse Marion Bunch, rotariana de Atlanta, EUA, que fundou o Grupo após perder o filho para a aids em 1994. “Nós acrescentamos estes serviços de saúde para motivá-los a virem e trazerem seus filhos; caso contrário, eles não viriam se fosse só para saberem se são soropositivos ou não”, revela Marion.
Ao manter parcerias com governos, ONGs e fundações privadas, o Grupo Rotarianos em Ação expandiu o escopo dos Dias da Saúde da Família de 100 lugares na Uganda e Nigéria em 2011 para 414 este ano, com a inclusão de locais na África do Sul, Gana e Suazilândia. A empresa de telecomunicações africana, MTN, será um dos parceiros nos próximos Dias da Saúde da Família na África do Sul.
No Estado americano da Georgia, os Rotary Clubs patrocinam um programa de conscientização sobre a aids nas escolas. Os alunos dos últimos anos do ensino fundamental aprendem como se prevenir contra o HIV e escutam relatos de portadores sobre o que é viver com o vírus. Bunch enfatiza que este programa pode ser reproduzido por qualquer clube.
O Rotary’s World AIDS Day foi o nosso mais recente evento sobre uma das nossas áreas de enfoque. Em março, abordaremos recursos hídricos e saneamento por ocasião do Dia Mundial da Água.
– Conheça o Grupo Rotarianos em Ação pela Saúde da Família e Prevenção da Aids
* Rotary News (Arnold Grahl)
** Foto: Rotary International/Monika Lozinska
Tags: Rotary, Rotary International, 2014, prevenção e tratamento de doenças, combate, HIV