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Compromisso com a terceira idade

jun 3, 2019

Unidos pelo bem-estar da população idosa, prefeitura, Rotary Clubs e Universidade Tecnológica Federal do Paraná desenvolvem programa que levou Pato Branco a ser reconhecida pela OMS como Cidade Amiga do Idoso

Oralice Ribas deixou Porto Alegre há sete anos para morar em Pato Branco, no sudoeste do Paraná. Na cidade de 80 mil habitantes, onde vive com uma filha, a gaúcha de 89 anos desfruta de um cotidiano ativo, repleto de amizades e descobertas. “Aqui nós brincamos, dançamos e cantamos. Fazemos desenho e pintura. A gente aprende muita coisa”, diz, ao descrever suas tardes no Espaço de Convivência da Pessoa Idosa, um dos projetos da prefeitura voltados aos 7.000 idosos pato-branquenses – grupo populacional que cresceu 58% na cidade entre 2000 e 2010, segundo informações do Censo.

Conhecida pelas boas colocações que vem conquistando em rankings de qualidade de vida no Brasil, tendo sido considerada a quinta cidade brasileira mais inteligente e conectada, a 11ª com melhor saúde e o município paranaense com melhores resultados na geração de emprego e renda, Pato Branco já começa a se preparar para o acelerado envelhecimento da nossa população. De acordo com o IBGE, um em cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos em 2060. A partir de 2039, haverá mais pessoas idosas que crianças vivendo no Brasil.

Por esse compromisso assumido com a terceira idade, materializado pela adoção de um conjunto de  políticas públicas, no ano passado Pato Branco recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan Americana da Saúde a certificação internacional de Cidade Amiga do Idoso, uma rede formada por 600 cidades em 37 países. Somente outros três municípios brasileiros possuem o título: Porto Alegre, Veranópolis e Esteio, todos no Rio Grande Sul.

Desafio lançado
O percurso que levou Pato Branco a ganhar o reconhecimento da OMS foi marcado, no entanto, por um diferencial: a participação dos oito Rotary Clubs da cidade e de seus cerca de 250 associados, que levaram a ideia à prefeitura e também envolveram o campus local da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – a quem coube, entre outras atribuições, a missão de elaborar indicadores para cada ação planejada e aplicar um questionário idealizado pela OMS
para diagnosticar as demandas da população idosa.

“Segundo a OMS, somos a primeira cidade do mundo a contar com o envolvimento do Rotary na implementação do programa”, afirma Danilo Terres, associado ao Rotary Club de Pato Branco-Vila Nova e representante do Rotary no
comitê gestor do programa.

Essa história teve início em março de 2017, durante uma visita do clube de Danilo ao Lar dos Idosos São Vicente de Paulo. O objetivo dos rotarianos era solicitar o apoio da deputada federal Leandre Dal Ponte para a instituição. Ao perceber o engajamento do clube com a causa, Leandre comprometeu-se a apresentar uma emenda orçamentária em benefício do asilo, mas em contrapartida lançou um desafio: será que os rotarianos ajudariam Pato Branco a aderir ao programa Cidade Amiga do Idoso?

Grande mobilização
“A parceria com o Rotary foi fundamental para o sucesso do projeto”, elogia o prefeito Augustinho Zucchi, que de imediato aderiu à ideia. “Entidade tradicional em nossa sociedade, com muita credibilidade, o Rotary não mediu esforços para realizar um trabalho de qualidade, sempre buscando e respeitando o apoio de diversas outras entidades”.

Secretária de Assistência Social e associada ao Rotary Club de Pato Branco, Anne Cavali esteve no centro de todo o processo desde o começo. “O Rotary deu início a essa grande mobilização para chamar a atenção da sociedade, do poder público, dos clubes de serviço, das empresas e de todos aqueles que pudessem fortalecer a pessoa idosa em nossa cidade”, afirma.

Juntas, as instituições envolvidas elaboraram um plano com metas de curto, médio e longo prazos, avaliadas anualmente pelo comitê gestor e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa. O reconhecimento da OMS é motivo de orgulho. “Recebemos a certificação como a coroação de todos esses esforços e a certeza de que estamos no caminho certo”, avalia o prefeito.

* Leia a matéria na íntegra na edição de junho da Revista Rotary Brasil (digital ou impressa).

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