Erin Mills tinha acabado de dar sua última aula do dia em Montevidéu, Uruguai, quando recebeu uma mensagem de texto em seu celular.

Através de um aplicativo em seu smartphone, ela ficou sabendo que o Rotary Club de Plaza Matriz estava organizando uma festa de última hora para assistir o Uruguai jogar na Copa do Mundo. Em pouco tempo, a notícia se espalhou e, munidos de comes e bebes, os associados do clube se reuniram na casa de um dos rotarianos para torcer pela seleção uruguaia.

O novo clube, que foi organizado no último mês de julho, é sucesso na capital uruguaia, graças a seu entusiasmo e habilidade de reunir um grande número de pessoas. Formado em sua maioria por jovens profissionais, o clube é uma ponte para trazer ex-rotaractianos de volta à nossa organização, os quais precisam deixar o Rotaract uma vez que completam 30 anos de idade.

Erin diz que já na terceira reunião ela sentiu que o clube seria especial. “A reunião acabou sendo uma sessão de ideias sobre todos os projetos – grandes ou pequenos – que queríamos implementar.”

Um “Oscar” rotário
O clube se emparceirou com a Porsaleu, uma entidade local que oferece um lugar próximo ao hospital para pacientes com leucemia e seus familiares ficarem durante o tratamento. A primeira iniciativa de arrecadação de fundos foi realizada durante a Copa de Mundo, quando usaram as mídias sociais para leiloar uma camisa autografada pelo jogador uruguaio Cristian Rodríguez, do Atlético de Madri. Agora estão planejando uma noite em que darão prêmios para reconhecer e incentivar serviços humanitários.

“É como dar um Oscar rotário”, explica Erin. “Os clubes que participarem terão a chance de ganhar um prêmio em categorias como melhor programa para novos associados, melhor projeto humanitário, etc.”

Os associados estão realizando workshops para ensinar outros rotarianos da cidade a usar as mídias sociais.

Como tudo começou
Para Erin, o clube também ofereceu uma forma de se readaptar ao Uruguai. Em 2008, ela estudou em Montevidéu com uma bolsa de estudos patrocinada pelo Rotary Club de Casa Grande, EUA, e se associou ao Rotaract Club de Paso Molino.

Depois de completar seus estudos, ela voltou para o Arizona, EUA, mas continuou se correspondendo com um rotaractiano que conheceu no Uruguai. Pouco depois, ela fez um curso intensivo de educação bilíngue e voltou ao país. Atualmente, Erin leciona inglês na Universidade de Montevidéu e na Escola Americana Internacional.

No início, foi difícil encontrar um grupo em que pudesse se encaixar. Ela queria se associar a um Rotary Club, mas não encontrou um clube com o qual sentisse uma ligação. Além disso, muitos dos seus amigos haviam deixado o Rotaract Club de Paso Molino.

Foi nesta época que Nicolas Ortiz, associado do Rotary Club de Montevideo e presidente da Comissão Distrital de Novas Gerações, incentivou ex-rotaractianos amigos de Erin e outros ex-bolsistas a formar um novo Rotary Club.

“Não sabíamos por onde começar e estávamos preocupados com as responsabilidades financeiras”, lembra Erin. “Mas ele nos ajudou e eventualmente conseguiu convencer seu clube a patrocinar o nosso e a cobrir alguns dos custos.”

* Foto cedida por Erin Mills.

Legenda do foto: Associados do Rotary Club de Plaza Matriz em um evento social.

Saiba como o Rotary capacita jovens através do Interact e Rotaract.
Leia mais sobre os programas de bolsas de estudos do Rotary.

* Por Arnold R. Grahl
Rotary News

Tags: Mídias sociais, clube jovem, crescer, Uruguai, aplicativo, Rotaract, workshops, bolsa de estudos, ex-bolsistas