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Balanço do semestre: sucesso ou fracasso?

fev 3, 2020

“Sucesso é a capacidade de ir de um fracasso a outro sem perder o entusiasmo.” – Winston Churchill, primeiro-ministro britânico

É inexorável que façamos uma avaliação na metade da jornada. Assim como os presidentes de clube têm que gerar um relatório no meio da gestão, também uso esse espaço para prestar contas às zonas 23 e 24 sobre o trabalho efetuado até dezembro de 2019. Primeiro, o esforço. Depois, o resultado.

Nos primeiros seis meses, visitamos 20 distritos do Brasil e da Argentina. O compromisso da gestão é visitar todos os 45 até junho de 2021. O tema do discurso permaneceu: o Brasil e o restante da América do Sul precisam expandir seu quadro associativo. Isso envolve representatividade no Conselho Diretor do Rotary International, presença nos comitês (hoje fraquíssima) e queda do nosso poder na organização, cujo patrimônio maior é o número de associados. E explica, parcialmente, a posição ascendente da Índia e da Ásia nas esferas decisórias do Rotary – bem como a diminuição dos nossos ativos na instituição.

A presença desses encontros variou muito, dos 56 presentes ao seminário do distrito 4720, em Manaus, aos 533 no seminário do 4540, em Ribeirão Preto. No total, quase 4.700 rotarianos presenciaram e participaram desses debates. Uma nota positiva: logo na primeira semana de 2020, compareci aos dois eventos da liderança do Rotaract em nossa região. Primeiro fui à Eraup, reunião de 265 líderes do Rotaract na Argentina, no Uruguai e no Paraguai, realizada em Buenos Aires entre os dias 5 e 7 de janeiro. E, logo em seguida, entre 8 e 10 de janeiro, tive a oportunidade de interagir com 930 líderes do Rotaract no Brasil durante a Conferência Nacional de Rotaract Clubs, em Ouro Preto, Minas Gerais. A juventude está motivada e mostrou um nível de interesse e preparo raros.

O resultado? Até agora, muito pouco. O esforço concentrado em aumentar o quadro nos clubes existentes assemelha-se a uma porta giratória, ou um balde com furos enormes: a cada rotariano admitido, outro abandona a organização, numa soma zero. Vamos por subzona:

  • 23B (Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru e Equador): partimos de 20.952 associados em 1º de julho e alcançamos 21.533 em 15 de novembro. No dia 15 de janeiro, contudo, o contingente passou para 20.819, ficando abaixo do início da gestão. Uma perda líquida de 133 rotarianos no período. A continuar essa tendência, dois distritos desta subzona estarão ameaçados de redistritamento.
  • 24A (Estado de São Paulo): iniciamos o ano com 16.971. Em 15 de novembro, havíamos crescido para 17.360 e, logo em seguida, caímos para 17.224 em 15 de janeiro. Um crescimento líquido de 253 rotarianos.
  • 24B (Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil): começamos com 16.927 e, em novembro, passamos para 17.243. Janeiro derrubou esse número para 17.001. O crescimento líquido, que em novembro era notável, somando então 316 associados, caiu para 74.
  • 23A (Sul do Brasil): teve o melhor desempenho da região. Os 18.069 associados em julho evoluíram para 18.699 em novembro, retrocedendo para 18.610 em janeiro – um crescimento líquido de 541.
  • Na soma das zonas 23 e 24, obtivemos um crescimento líquido de 1%. Parece o crescimento do PIB brasileiro em 2019: insuficiente para nossos desafios.

O segredo para crescer? A antiga fórmula de fundar clubes. Enquanto a zona 23B criou nove novos clubes (resultado líquido), a zona 24ª perdeu seis clubes (líquido) e a zona 24B teve um decréscimo de 3 clubes (também líquido).

Enquanto as conferências distritais não vêm, nosso foco deverá ser o desenvolvimento do quadro associativo. Não deixaremos que os resultados pífios aniquilem nosso entusiasmo. Seguiremos Winston Churchill.

* O autor é Mário César de Camargo, diretor 2019-21 do Rotary International.

mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

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