Clubes em Ação

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“Quando é tempo de ventos de mudança há que se construir moinhos, não barreiras.” – Gary Huang, presidente eleito do Rotary International

Comecei o segundo semestre do ano rotário tendo realizado os excelentes e bem-sucedidos Institutos Rotary de Foz do Iguaçu e Buenos Aires e participado, como expositora, dos Institutos Rotary de Mérida, no México, e de Taipé, em Taiwan. Em todas essas e em muitas outras reuniões, encontrei como denominador comum a preocupação com o crescimento do Rotary, com o aumento da eficiência de nossos clubes e com a conclusão do desafio de erradicar a pólio. Ao mesmo tempo, ouvi mensagens de incentivo aos rotarianos para que trabalhem e demonstrem em duas áreas importantes quais são os valores do Rotary e como é o apoio e o serviço oferecidos às novas gerações.

Em 1930, Paul Harris insistia conosco para que evoluíssemos constantemente e para que fôssemos até mesmo revolucionários em algumas ocasiões, a fim de que o Rotary pudesse alcançar seus objetivos. O fundador entendia que evolução é mudança e progresso ao longo do tempo; o fato de que o Rotary existe há 108 anos demonstra que isso ocorreu.

Uma análise atual desse pensamento de Paul Harris não deve ignorar uma mudança na cultura do Rotary, construída por seus ideais, seus atos, suas tradições e toda a sua gente, formando assim uma unidade histórica. É evidente que, de tempos em tempos, precisamos rever as práticas e costumes da organização para que ela se mantenha vigente, assim como devemos capacitar os rotarianos para que o espírito do servir continue a inspirar maior compromisso e a desenvolver jovens líderes que nos assegurem a continuidade através das gerações.

Pessoalmente, muitas vezes questiono por que em vez de sermos mais persistentes em nossos esforços para fazer crescer e fortalecer o Rotary deliberadamente mantemos um passo cauteloso, lento e afastado de uma atitude revolucionária, como pediu nosso fundador. Não há razão para que isso ocorra, mas o espírito humano é o juiz e criador dessas realidades.

Nesse mundo em constante mudança, pergunto-me se nossos clubes têm feito o mesmo, evoluindo e adaptando-se às mudanças que a sociedade tem sofrido. Talvez, ao ler isto, alguns de vocês pensem em seu próprio clube. Este, felizmente, funciona bem, vocês têm um bom senso de companheirismo e a comunidade conhece bem suas ações.

Mas pensem nos outros clubes que não estão nessa situação, e que, pelo contrário, não fazem parcerias, não envolvem seus membros, ou não constroem vínculos que incentivam novas gerações a continuar fazendo parte da Família Rotária. E pergunte a si mesmo como pode ajudá-los a alcançar a promessa que o Rotary representa e, ao mesmo tempo, a fortalecer a organização que escolhemos.

O Rotary tem três prioridades estratégicas, todas igualmente importantes, e o sucesso delas está na força dos mais de 34.500 clubes em todo o mundo. Imagine, por um momento, se todos eles fossem clubes fortes que realizam projetos que contribuem para a melhoria das comunidades, que proporcionam um ambiente onde seus membros — do mais novo ao mais antigo — desfrutam da amizade e de um propósito comum, além de aumentar o número de parceiros, de serviços e de propósitos, incrementando nossa imagem pública e dando sentido à nossa existência. Não é essa a revolução que o fundador nos pediu para fazer, a fim de alcançarmos nossos objetivos?

Deixo a resposta em suas mãos, e no início deste novo ano convido-os a trabalhar com espírito renovado para fortalecer nossos clubes, porque, meus queridos amigos e amigas, o futuro de nossa centenária organização depende deles.

* A autora é Celia Giay, diretora 2013-15 do Rotary International.

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