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“Caminho de Damasco” para os rotarianos

Há algumas décadas, apaixonados pelo apóstolo São Paulo, viajamos até uma antiga estrada que ligava Jerusalém à Antioquia, chamada Caminho de Damasco. Naquele planalto, montanhas brilhavam ao sol pelo reflexo no calcário de cor creme. Tínhamos a intenção de entender o mistério da conversão de São Paulo, mensageiro de talentos extraordinários e de uma força de vontade inquebrantável. Após reflexão, saímos dali com a convicção de que são muitos os caminhos da vida e de que cada pessoa, em particular, tem seu próprio “Caminho de Damasco”, que são momentos únicos capazes de produzir em nós uma conversão. A mudança sustentável não é da indumentária, mas sim aquela que vem do âmago, pois esta sim é capaz de transformar vidas.

Nossa Fundação Rotária brasileira, a ABTRF, pode ser o “Caminho de Damasco” para muitos rotarianos que ainda não tiveram a oportunidade de enxergá-la como agente de conversão do bem comum, posto que vemos a ação rotária como biunívoca, com benefícios para os rotarianos, tal como o lema Mais se Beneficia Quem Melhor Serve.

Tão bem administrada por seus dois primeiros presidentes, os diretores do Rotary International José Alfredo Pretoni e Themístocles Pinho, nossa Fundação Rotária brasileira tem-nos enchido de orgulho. Cabe-nos agora a missão de nos próximos três anos dar continuidade aos mesmos ideais que inspiraram sua criação, como uma missão sagrada. Em nosso mandato, teremos igual comprometimento dos diretores do Rotary International Luiz Coelho de Oliveira, na vice-presidência; Gerson Gonçalves, na diretoria; Mário Antonino, na presidência do Conselho Consultivo; Alceu Vezozzo, na presidência do Conselho Honorário; e na Comissão de Auditoria, os governadores distritais Salvador Strazzeri, Geraldo Eustáquio Alves e Gilson Menezes.

Contribuições
Ao analisarmos o quadro de contribuições A ABTRF em US$ (abaixo), vemos extremos como a magnífica contribuição do distrito 4420 e, ao mesmo tempo, outras contribuições menores que certamente crescerão. A Fundação Rotária brasileira tem financiado projetos no Brasil e no exterior.  Medimos esses resultados não pelo quanto é arrecadado por cada distrito, mas sim pelo número de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pelos benefícios dos projetos.

Uma outra maneira de se analisar as contribuições à ABTRF é vê-las dentro do contexto econômico. Como o Rotary é uma amostra representativa da sociedade, podemos comparar as doações por Zonas Rotárias com aquilo que melhor representa as forças vivas que é o Produto Interno Bruto (PIB). Por este ângulo, para se atingir uma compatibilidade com a expressão econômica de cada região brasileira, concluímos que temos um potencial a ser lapidado pelas lideranças distritais (ver quadro abaixo Doações versus PIB).

Diferente de outras organizações, o Rotary International tem uma estrutura bastante requintada, pois treina igualmente suas lideranças no exterior e replica tudo, em seguida, nos seminários especializados em Fundação Rotária e em mais uma dezena deles, sob as siglas Gets, Gits e Pets, entre outras. Consideramos as chamadas Visitas Oficiais o mais diferenciado desses treinamentos, pois elas permitem que cada governador distrital interaja com os Rotary Clubs, por mais distantes que eles estejam. Este é o momento para o governador fazer uma exposição pormenorizada de como o clube pode fazer contribuições para a Fundação Rotária e para a ABTRF. O governador é o mais importante catalisador, mas não é o único, pois a seu tempo os coordenadores regionais terão papel relevante nessa tarefa.

Temos pela frente uma longa estrada a percorrer juntos, com apoio amplo, sem a ninguém excluir, alimentando os sonhos com o vigor da ação. Que possamos percorrer, como apóstolos e mensageiros, os “Caminhos de Damasco” de nossa existência – e que tenhamos todos a ventura, por meio da ABTRF, de transformar vidas.

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Clique em cima do quadro para vê-lo em tamanho maior.

* O autor é Hipólito Ferreira, diretor 1999-01 do Rotary International e presidente da ABTRF.

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