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Nos últimos anos temos notado um avanço extraordinário nas ações da Fundação Rotária (FR), acompanhando a evolução do Rotary em seu planejamento estratégico. Novas e valiosas parcerias, modificações estruturais e criatividade na capacitação de novas lideranças fazem com que se descortine um novo e sadio horizonte para a nossa Fundação, sem dúvida o grande braço filantrópico do Rotary em nossos projetos humanitários, e cultural em nossas iniciativas educacionais.
Lembro-me de que no início da década de 1990, ainda ex-governador recente, ousei fazer uma proposta em um grupo de discussão de um Seminário da Fundação Rotária, realizado durante um Instituto Rotary: “Por que não se propor a destinação de um percentual do Fundo Distrital de Utilização Controlada (FDUC) para projetos distritais, sem a necessidade de aporte de clube ou distrito do exterior?”. Na ocasião, quase fui execrado pelo presidente do grupo por causa da heresia da sugestão. Uma década depois, a Fundação Rotária criou os Subsídios Distritais Simplificados, de forma a ajudar os clubes em projetos que prescindem de parceria internacional, utilizando até 20% do seu FDUC.

Já estamos sentindo o avanço que o Plano Visão de Futuro, em andamento em vários distritos pilotos do mundo, deverá trazer em objetividade ao simplificar os subsídios em dois grupos: distritais e globais. No primeiro caso, dos Subsídios Distritais, apoiando projetos locais ou internacionais de menor porte, utilizando até 50% do FDUC em cada ano, com administração distrital e sem interferência da Fundação Rotária. No segundo grupo, dos Subsídios Globais, visando apoiar projetos de grande porte em seis áreas de enfoque, sendo os fundos administrados pela FR, tal como acontece no sistema atual.

E o Brasil entrou com sua criatividade na luta pela modernidade da Fundação Rotária, oferecendo ao mundo rotário, em 2004, uma valorosa ferramenta, pela visão do ex-diretor do RI José Alfredo Pretoni. Durante meu período como diretor do Rotary International, entre 2003 e 2005, Pretoni teve todo o meu apoio para solidificar a criação da AssociaçãoBrasileira da The Rotary Fondation (ABTRF), que trouxe a possibilidade de contribuições de pessoas jurídicas para a nossa Fundação, exclusividade até então de pessoas físicas. Do ideal à realidade, em poucos anos se concretizaram nossos objetivos.


Formas de contribuição
As empresas (pessoas jurídicas) podem contribuir de três maneiras: diretamente, utilizando o Programa Empresa Cidadã e pelo Programa Seguro Solidário.

Na contribuição direta, a empresa deve buscar no site www.rotary.org.br o boleto bancário e o formulário para comunicação ao escritório do Rotary em São Paulo. O aporte da empresa deve ser feito por depósito identificado à Associação Brasileira da The Rotary Foundation junto aos bancos Itaú ou Bradesco. Convém destacar que as empresas optantes pelo sistema de lucro real podem lançar como despesa operacional essas doações, em valor de até 2% de seu lucro operacional, obtendo assim redução na base de cálculo do imposto de renda a pagar.

Além disso, a empresa que fizer a doação receberá um Certificado de Apreciação e, caso a contribuição seja de 1.000 dólares rotários (ou múltiplos), a pessoa indicada pelo doador receberá o título de Companheiro Paul Harris ou até mesmo o cristal de Major Donor.
O programa Empresa Cidadã é um compromisso contratual firmado pelo período mínimo de 12 meses entre a empresa doadora e um clube ou distrito para doações mensais, encaminhadas para os variados programas da Fundação Rotária através da ABTRF. 

Por último, o programa Seguro Solidário é uma iniciativa da Porto Seguro que, através de convênio com a ABTRF, doa 5% do valor dos prêmios líquidos das apólices de seguros de automóveis de rotarianos e familiares para a Fundação

Rotária. Os contratos podem ser feitos com as seguradoras Porto Seguro/Itaú e Unibanco.
A modernidade da nossa Fundação Rotária, simplificando e diminuindo a burocracia de seus processos, depende de cada um de nós, rotarianos convictos e entusiastas, por nossa generosa contribuição individual. Mas nós, brasileiros, temos ainda o privilégio de poder contribuir por intermédio de empresas de rotarianos ou não rotarianos envolvidos na busca do bem comum, da paz e da compreensão mundial.
A criatividade dos brasileiros já vem sendo seguida em outras partes do mundo, numa demonstração inequívoca do nosso pioneirismo e comprometimento com os programas que desenvolvemos em benefício dos mais carentes, na minimização de seus problemas de fome e doenças, promovendo a saúde e o bem-estar físico e ambiental da sociedade, buscando fortalecer as comunidades e unir os continentes.

* O autor é Luiz Coelho de Oliveira, diretor 2003-05 do Rotary International e presidente do Conselho Consultivo da ABTRF.

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