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A jornada dos primeiros 1.000 dias

abr 2, 2018

Fundamental à longevidade e à qualidade de vida, o período entre a gestação e os dois anos dos bebês inspira projetos de clubes brasileiros na área de saúde materno-infantil, tema do mês de abril no calendário do Rotary

Por que 1.000 dias? Se somarmos as 40 semanas de gravidez (280 dias) com os dois primeiros anos de vida do bebê (720 dias), chegamos a este total. O período não concentra apenas o maior estirão de crescimento de um ser humano: são anos fundamentais para o desenvolvimento dos nossos sistemas nervoso e imunológico. Uma grande janela de oportunidades para intervenções nutricionais, psicoafetivas e imunológicas.

Todos os esforços, projetos e investimentos que fizermos nessa fase da vida serão recompensados no futuro com a diminuição da prevalência das chamadas doenças crônicas não transmissíveis, que entre os anos de 2000 e 2012 foram responsáveis por 74 % das mortes de pessoas entre 30 e 70 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde – ajudando esta nova geração a ter uma expectativa de vida de 100 anos.

Este período crítico de tempo pode ter um impacto mensurável e duradouro sobre o crescimento e desenvolvimento das crianças. Tão importante que, em 2010, a então secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, apoiou um grupo de organizações com esse propósito comum de saúde global (The Hunger Project, Save the Children, Bread for the World e World Vision Save).

Qualidade de vida programada

No passado, acreditava-se que as características genéticas de uma pessoa eram fixas e imutáveis. A partir de 1994, no entanto, com os estudos do professor inglês David Barker (1938-2013), embasando uma hipótese de programação fetal na gênese de doenças crônicas do adulto, novas teorias e pesquisas se desenrolaram.

Com o mapeamento do genoma e pesquisas relacionadas às questões de nutrição e metabolismo, foi comprovado que a alimentação materna e a exposição precoce a fatores ambientais exercem influência sobre a vida da criança, aumentando a suscetibilidade de doenças na fase adulta, inclusive com riscos de transmissão genética para as gerações subsequentes.

De acordo com a programação metabólica, uma agressão que ocorra em períodos suscetíveis (as fases precoces da vida) terá consequências de longo prazo sobre as funções fisiológicas do indivíduo.

A epigenética comprova a interferência alimentar em períodos críticos para o desenvolvimento e a expressão gênica, podendo levar a alterações fenotípicas [termo da genética usado para descrever as características observáveis de um indivíduo, como morfologia, fisiologia, propriedades bioquímicas e comportamento].

Leia o conteúdo na íntegra na edição de abril da Revista Rotary Brasil (digital ou impressa).

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