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Do início da erradicação na África à meta de um mundo sem pólio

Nesta edição trazemos a sequência final da longa jornada da humanidade em meio a uma doença incapacitante e não raro, fatal. O Rotary e a Fundação Rotária estão engajados na luta pela erradicação da pólio desde os anos 1980, e na década seguinte já surgiam as primeiras vitórias.

1996: Nelson Mandela inicia os esforços de erradicação na África

Nelson Mandela, então presidente da África do Sul e do Comitê para uma África sem Pólio, dá início a uma intensa campanha batizada de Vamos expulsar a pólio da África, visando impulsionar as imunizações rotineiras e maciças em todo o continente.

1997–98: últimos casos no Pacífico e na Europa

Os últimos casos registrados de pólio selvagem são detectados nas regiões da OMS que abrangem o Pacífico Ocidental e a Europa (que inclui a ex-União Soviética). Maciças campanhas para eliminar os últimos focos de transmissão são realizadas no sudeste da Turquia e na Síria, Iraque e Irã.

1999: caem para 20 mil os novos casos em todo o mundo

Em dezembro, 127 milhões de crianças indianas são vacinadas em apenas alguns dias – o maior evento de saúde pública já realizado. No mesmo ano, a Assembleia Mundial de Saúde decide intensificar o esforço global e recomenda o uso da estratégia de “visitas domiciliares” para que todas as crianças com menos de cinco anos sejam imunizadas. O número de novos casos de pólio por ano cai para 20 mil.

2000: novos casos caem para 2.979 e 550 milhões são imunizados

O número de novos casos de paralisia infantil cai para 2.979 em todo o mundo. A intensificação das vacinações imuniza um total de 550 milhões de crianças, entre as quais 60 milhões que participaram dos Dias Nacionais de Vacinação realizados de maneira simultânea em vários países africanos. A OMS declara a região do Pacífico Ocidental oficialmente livre do vírus da pólio. O grupo de assessoria técnica da campanha mundial divulga os critérios de segurança para os laboratórios farmacêuticos, um dos requisitos para a certificação do fim da pólio em todo o mundo.

2001: menos de 500 casos novos de pólio

A quantidade de casos novos cai para menos de 500, uma redução de mais de 99% desde o início da campanha mundial para a erradicação da pólio. Restam apenas dez países onde a pólio é endêmica: Afeganistão, Angola, Etiópia, Egito, Índia, Níger, Nigéria, Paquistão, Somália e Sudão.

2002: surtos isolados colocam em risco a data final para a certificação de erradicação

Com o Sudão, a Etiópia e Angola não registrando nenhum caso novo em 2002, o número de países com pólio endêmica reduz-se a sete. Todavia, um surto de mais de 1.500 casos novos no norte da Índia e de 190 casos no norte da Nigéria (conforme estimativas de janeiro de 2003) faz com que a tendência global quadruplique em relação a 2001. Recursos adicionais para a erradicação são destinados a esses países.

2003–04: acabar com a pólio endêmica

A meta era que naquela época não houvesse nenhum país com pólio endêmica, graças ao reforço dos serviços rotineiros de imunização.

2005: meta de um mundo sem pólio

A partir dessa data, deixaremos de informar, pois todos nós assumimos a função de deixar o mundo sem a pólio e sabemos quantos passos importantes e ações fundamentais foram tomados pela nossa Fundação Rotária para que atinjamos a meta definida.

Acreditamos que essa cronologia apresentada contribuirá para divulgarmos melhor nosso trabalho e também para tirar diversas dúvidas existentes em muitos rotarianos, principalmente os mais novos e mais recentes em nossa organização. Temos muito ainda a fazer, pois nessa reta final o trabalho será difícil e os recursos necessários para concluirmos o trabalho serão muito maiores. Em frente e com coragem e perseverança conseguiremos! (Fonte dos dados sobre a pólio nesta e nas duas colunas anteriores: SALGADO, Sebastião. O fim da pólio: a campanha mundial para a erradicação da doença. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.)

Visão de Futuro

Solicitamos a todos os distritos brasileiros que continuem o processo de transição para o Plano Visão de Futuro (exceto os distritos pilotos), verificando as mudanças que ocorrerão, programando os treinamentos necessários aos seus clubes, montando suas equipes distritais para apoiar os clubes e ajudar nessa preparação, para que não ocorram surpresas a partir de 1º de julho de 2013.

Nada é difícil nem tão complexo, mas novas regras existirão, novos procedimentos, mais flexibilidade nos recursos financeiros, maior gerenciamento dos projetos pelos clubes e distritos, mais agilidade para aprovação dos pedidos de subsídios, mais necessidade de planejamento e mais rapidez na liberação de recursos pela Fundação Rotária.

Quanto maior sua contribuição para o Fundo Anual, mais recursos o distrito terá para viabilizar os projetos necessários para as comunidades em que atua. Não se esqueçam também da iniciativa Todos os Rotarianos, Todos os Anos, que incentiva a doação de cem dólares por rotariano, e do desafio assumido de se levantar dez milhões de dólares ao ano em contribuições no Brasil para a Fundação Rotária. Acreditem nessa ideia!

* Os autores são José Carlos Carvalho e Celso Alves, coordenadores regionais da Fundação Rotária para as Zonas 22A e 23A, e para a Zona 22B, respectivamente.

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