A vinda do presidente Sakuji Tanaka ao Brasil e as questões que definem o rotariano
Comemoramos em fevereiro os 108 anos do Rotary. Tivemos a felicidade de receber no Brasil para essa comemoração o nosso presidente Sakuji Tanaka, que se emocionou com tudo o que viu, em especial na área da educação, do meio ambiente e do desenvolvimento de trabalhos dedicados à paz.
Reconhecidos pelos parlamentos
Tive a oportunidade de ser recepcionado em diversos parlamentos da República Federativa do Brasil, a exemplo da Câmara Municipal de São Paulo, Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e Câmara Federal.
Soube também que em vários municípios e estados fomos homenageados por diversas Casas das Leis, onde reconhecimentos e agradecimentos foram dedicados ao Rotary de cada localidade pelos serviços que prestamos às comunidades. Isto demonstra que a nossa imagem pública está em alta, pois inúmeros parlamentos possuem canais televisivos, que marcaram horas e horas de alusão aos trabalhos desenvolvidos pelo Rotary International, por meio dos seus 34.219 clubes, nas diversas comunidades espalhadas por todo o mundo.
Expressei-me em diversas oportunidades e aproveitei para destacar a ética, o companheirismo, a troca de ideias e as ações que realizamos por meio dos lemas Dar de Si Antes de Pensar em Si e Paz Através do Servir, que mostram nosso comprometimento com a humanidade.
A grande questão, a mais destacada pelos parlamentares, foi: “O que é o Rotary?” Comentei que somos uma associação de homens e mulheres que, por meio da ética, do companheirismo e da troca de ideias, agimos para diminuir as diferenças sociais existentes na humanidade, graças às nossas iniciativas nas áreas de atuação das comunidades em que vivemos.
Se olharmos nossa história, poderemos notar que na vida social, econômica, educacional e política sempre existe a figura de um rotariano. Participamos de grandes momentos cívicos, propugnando pela democratização do Brasil e do mundo. Realizamos inúmeros projetos, muitos dos quais coordenamos e aos quais damos sustentabilidade.
Como e por que somos o que somos? Creio que os rotarianos priorizam o caráter ilibado e o perfil ético e moral que se coadunam com a retidão de princípios em que a família representa a célula mater da sociedade.
Podemos afirmar também que ser rotariano é ser líder em suas profissões, e com esse atributo podemos mudar o mundo por meio da nossa imagem pública e privada, pois temos o respeito da sociedade pelos serviços que apresentamos às pequenas comunidades ou em toda humanidade. E tudo isso que pensamos e fazemos é para conquistarmos a paz mundial e a compreensão entre os povos.
Quando falamos em paz, imaginamos que se trate de uma conquista para evitar as guerras em várias partes do mundo ou mesmo acabar com elas. Conhecendo a vida com mais maturidade, senti que existem conflitos no dia a dia que atormentam a paz e estão sempre próximos de nós. Na periferia dos grandes centros urbanos, encontram-se desafortunados que vivem como verdadeiros párias por inobservância das autoridades e da sociedade.
Precisamos colaborar para que os ricos olhem para os pobres, os cultos e intelectuais orientem os analfabetos, os saudáveis acalentem os doentes e os empresários consolidem bons ambientes para seus colaboradores e lhes possibilitem remuneração digna. Devemos contatar as autoridades para apoiarem os países em conflito, assim como ocorreu, por exemplo, no Haiti, no Canal de Suez e em terras indígenas.
Todas essas questões podem ser minimizadas quando construirmos um mundo no qual todos tenham a possibilidade de educação, saúde e moradia.
Em março, o Rotary dedicou suas atenções à erradicação do analfabetismo, e nós rotarianos temos dado a nossa colaboração. Nos caminhos que trilhei com o presidente Tanaka vi que os nossos governadores distritais têm se dedicado à educação e ao meio ambiente, temas que fazem parte dos enfoques do Rotary International. Inauguramos um parque ecológico, salas de aulas e visitamos escolas que estão sendo mantidas por rotarianos por meio de projetos realizados junto à Fundação Rotária. Observamos cuidados com moradores de rua e visitamos o maior projeto educacional de rotarianos em todo o mundo, a Fundação de Rotarianos de São Paulo.
Esse é o trabalho de rotarianos que vivem o Rotary, transformando vidas e levando a Paz Através do Servir.
É hora de treinarmos as equipes 2013-14
Nos próximos meses começamos a orientar os nossos voluntários para viver o Rotary e transformar vidas no próximo ano rotário.
Chegou o momento de revigorarmos os nossos conhecimentos por meio dos Seminários de Treinamento de Presidentes Eleitos de Clube, Seminários de Treinamento de Governadores Assistentes e Assembleias Distritais.
Será muito importante e dignificante conseguirmos mostrar o que é a nossa organização e como poderemos atuar com eficiência e capacidade, respeitando cada um dos nossos colaboradores. É importante que pensemos mais na essência do Rotary, priorizando ações rotárias de excelência, deixando de nos preocupar com suntuosidades. Vamos procurar planejar e programar o nosso próximo ano, mostrando aos nossos companheiros, cônjuges e jovens do Interact, Rotaract e do programa de intercâmbio a real proposta do Rotary.
Assim viveremos o Rotary com mais entusiasmo e transformaremos vidas, buscando A Paz Através do Servir.
* O autor é José Antonio Figueiredo Antiório, diretor 2011-13 do Rotary International.