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De 23 a 30 de outubro, realizamos um dos maiores eventos rotários da América do Sul, o XXXVII Instituto Rotary, em Mendoza, na Argentina. A exemplo do nosso Instituto de Goiânia, esse encontro foi um verdadeiro sucesso, reunindo 820 rotarianos, cônjuges, familiares e amigos, que aportaram nessa aprazível província Argentina em busca de reciclagem rotária, companheirismo, amizade e intercâmbio entre os países pertencentes às Zonas 23 B e C (Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru e Equador), sob minha responsabilidade no crescimento da nossa organização.

Fiquei encantado com a presença de mais de 70 brasileiros rotarianos que, ao meu lado e de Ana Lúcia, participaram do Instituto, nos dando mais motivação para continuarmos o nosso trabalho no Rotary.

Avistando a magnífica Cordilheira dos Andes, nos deslumbramos com a organização, o empenho e o brilhantismo com que a equipe coordenada pelo casal chairman do Instituto, Pedro Sin e Maria Teresa, realizou esse evento de magnitude ímpar, tendo ao lado o ex-diretor do RI e coconvocador, Carlos Speroni, e sua esposa, Lilia; e o ex-presidente do RI Luis Giay e a esposa, Célia. 

Tivemos a felicidade de recepcionar o presidente eleito do RI, Sakuji Tanaka, e sua querida e meiga Kioko, que juntamente com o ex-presidente John Kenny e Jude participaram do Instituto com muito entusiasmo e dedicação, reconhecendo o empenho de todos os rotarianos da América do Sul e, em especial, dos brasileiros presentes.

Já estamos nos preparando para o XXXVIII Instituto, que em 2012 será realizado em Punta Del Este, no Uruguai, com belíssimas praias, no magnífico Hotel Resort e Cassino Conrad, sob o comando do chairman Guido Michelin e de Maria Cacilda, que juntos a uma equipe extraordinária de rotarianos uruguaios farão a diferença neste grande evento.

Os rotarianos brasileiros estão organizando uma grandiosa caravana para demonstrar aos nossos irmãos da América do Sul que o Rotary, sem fronteiras, se une para dignificar a humanidade por meio da amizade e do companheirismo.

Só falta um pouquinho: a pólio será erradicada
Gostaria também de comentar um pouco sobre a Fundação Rotária, pois novembro foi o mês em que dedicamos todas as nossas atenções e realizações à maior obra do Rotary, idealizada por Arch Klumph em 1917 – e que hoje é a própria razão da nossa missão, em busca da compreensão e da paz mundiais. É preciso que alguns tópicos sobre a pólio sejam transmitidos a vocês:

– O processo de erradicação acontece em duas etapas, sendo que a primeira é a erradicação e a segunda, a certificação. A erradicação é a interrupção da transmissão do agressivo vírus da doença. Nesta caminhada, ainda precisamos empregar 520 milhões de dólares nas ações de erradicação, e por isso se torna necessário continuarmos a trabalhar na captação dos 200 milhões de dólares que representam o desafio que recebemos da Fundação Bill e Melinda Gates, quando esta entidade doou à campanha 355 milhões de dólares. Uma maneira dos distritos rotários participarem desse desafio seria alocando a essa campanha 20% dos seus Fundos Distritais de Utilização Controlada.

– Não há como prever quando esta complicada doença poderá ser definitivamente erradicada, mas o Plano Estratégico para a Erradicação Global da Pólio tem como meta interromper a transmissão do vírus selvagem até o final de 2012. Na segunda etapa, a certificação da erradicação ocorrerá somente quando tiverem passado três anos do último caso mundial da doença. Um novo plano está sendo desenvolvido para a fase final da campanha. Ele será apresentado na Assembleia Mundial da Saúde, em janeiro de 2013.

– Muitos de nós nos perguntamos: mas por que tanta demora para essa erradicação? A resposta é que a finalização depende de enfrentarmos fatores como isolamento geográfico, infraestruturas públicas pobres, conflitos armados e barreiras culturais. Além disso, a pólio se manifesta por meio de três tipos de vírus, o que torna o desafio mais complicado.

– Até dezembro de 2012, estima-se que o Rotary terá gasto 1,2 bilhão de dólares na erradicação da pólio. O mundo já gastou 8 bilhões de dólares neste esforço. A grande pergunta seria: e após a erradicação, o que acontecerá? Nós prevemos que o benefício econômico será de 40 a 50 bilhões de dólares até 2035, com base em estudos que temos realizado.

Isto é um pouco daquilo que podemos comentar sobre o que o Rotary International tem feito por meio da Fundação Rotária para diminuir as diferenças sociais em toda a humanidade. Mas se prenuncia um grande momento para nós, pois neste ano a Índia registrou apenas um caso de poliomielite. Em 2011, tivemos uma diminuição de 40% no número de casos, se compararmos os dados aos do mesmo período no ano passado. O vírus tipo 2 da pólio foi erradicado e  o tipo 3 está praticamente restrito à África. Por isso, podemos dizer que falta só um pouquinho para o sucesso da nossa campanha. Peço a vocês que confiem no Rotary e continuem contribuindo, pois o futuro dos nossos filhos e netos depende de nós.

Os projetos realizados por meio da Fundação Rotária
Mas a Fundação Rotária não se dedica apenas à erradicação da pólio. Seus esforços também estão voltados às Bolsas Educacionais, aos Intercâmbios de Grupos de Estudos, à área de saúde materno-infantil que possibilita a Redução da Mortalidade Infantil, ao fomento da paz e à prevenção e à solução de conflitos, valores maiores de iniciativas como os Centros Rotary de Estudos Internacionais. A Fundação Rotária investe seus recursos em saneamento básico e na preservação dos recursos hídricos, no tratamento de enfermidades, no socorro às vítimas de desastres e no desenvolvimento econômico e cívico por meio do incentivo às cooperativas de microcréditos. Nossa Fundação Rotária melhora as condições de vida de milhares de pessoas, alfabetizando crianças, jovens e adultos, buscando Empresas Cidadãs e conscientizando a comunidade a respeito da responsabilidade social.

Meus caros rotarianos: é por essas razões que precisamos de mais braços e recursos para diminuir o sofrimento da humanidade. Vamos conhecer a nós mesmos para envolver a humanidade.

* O autor é José Antonio Figueiredo Antiório, diretor 2011-13 do Rotary International.

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