Colunistas
Clubes fortes e relevantes
O calendário do Rotary dedica o mês de agosto às ações voltadas ao fortalecimento do nosso quadro associativo. Tema aprazível que se reveste da maior importância, pois tudo na nossa organização começa por clubes fortes e atuantes, motivo pelo qual devemos atrair e reter associados.
Quanto a isso, parece importante reiterar alguns pontos. Muitas vezes nos questionamos sobre como pode haver tantas diferenças entre clubes sediados em uma mesma cidade. Por que alguns deles não conseguem atrair novos associados, e tampouco fidelizá-los, enquanto outros são fortes e atuantes?
Penso que está claro para todos nós que isso tem a ver com a forma como os clubes identificam seus propósitos e desenvolvem sua missão. É inquestionável que desenvolver projetos impactantes contribui para a sustentabilidade de um clube e da nossa organização como um todo.
O desafio de ter um clube forte passa, em primeiro lugar, pelo modo como a comunidade o reconhece por suas ações e projetos, se esse clube atende ou não às necessidades reais da população, ou meramente trabalha por suas próprias agendas.
Não existe milagre, mas é simples: os clubes com dificuldades precisam querer mudar e depois tomar consciência para conhecer sua razão mais profunda de existir, definindo assim sua missão e engajando-se em projetos voltados às comunidades locais de forma clara e objetiva.
Outro aspecto importante que deve ser desenvolvido pelos distritos é a avaliação da sua capacidade de expansão, ou seja: da formação de novos clubes. Cada distrito precisa conhecer todas as suas potencialidades. Há duas frentes a se trabalhar. A primeira delas é descobrir qual a relação entre o número de habitantes e o número de associados de cada cidade do distrito onde há Rotary Clubs e depois compará-la com todas as demais cidades abrangidas pelo distrito, identificando aquelas onde estamos sub-representados, com poucos rotarianos para o número de habitantes.
Precisamos entender, por exemplo, por que em uma determinada cidade há um rotariano para cada 200 habitantes e, em outras, um para cada 14 mil habitantes. Em uma primeira análise, portanto, fica evidente a necessidade de se formar novos clubes nos municípios onde estamos sub-representados.
De igual modo, outra frente deve ser desenvolvida especificamente para as cidades com um bom número de habitantes onde ainda não há Rotary Clubs. Nessas é importante desenvolver o trabalho para a fundação de um clube.
O desenvolvimento do quadro associativo apoia-se no tripé formado pelo fortalecimento dos clubes, pela fidelização dos associados e pela expansão. Todas essas três frentes são importantes, o que inclusive é reconhecido pelo Conselho Diretor do Rotary International, que em sua reunião de abril passou a requerer que a equipe distrital seja integrada por essas três subcomissões. O recado é claro: todas essas possibilidades precisam de atenção especial.
Apesar da importância dessas três frentes, cabe destacar que a expansão é o que faz o crescimento do nosso quadro associativo acontecer de forma efetiva. Para confirmar isso, basta olhar para os distritos que apresentam maior crescimento e verificar que esse desempenho sempre decorre da formação de novos clubes.
Face a isso, a sugestão é que cada clube e cada distrito desenvolvam seu estudo e definam a estratégia para que cada governador assistente assuma a tarefa de formar pelo menos um novo clube.
Vamos juntos, Unidos para Fazer o Bem.
* O autor é César Luis Scherer, diretor 2025-27 do Rotary International.