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Norte-americana forma o primeiro Rotary Club com base no Facebook

set 18, 2014

Quando Amanda Wirtz, ex-decodificadora da marinha norte-americana e violinista profissional, viu suas ambições profissionais serem destruídas por causa de uma doença grave que poderia lhe custar a vida, ela encontrou um novo propósito para sua vida nos serviços humanitários e no Facebook.

Amanda tinha vinte e poucos anos e estava se preparando para ser treinadora de fitness quando foi levada ao pronto-socorro às pressas por causa de uma forte dor no abdômen. Achando que se tratava de uma simples apendicite, ela foi surpreendida com o diagnóstico de que tinha um tumor raro e que teria que fazer cerca de 30 cirurgias nos próximos anos.

Forçada a reavaliar seus planos para o futuro, Amanda resolveu que dedicaria sua vida a ajudar o próximo, o que a levou ao Rotary.

“Eu vi um senhor com um distintivo do Rotary na lapela e o abordei para dizer que amava sua organização”, lembra. “Dez anos antes, como participante do Intercâmbio de Jovens, o Rotary fortaleceu minha esperança em um futuro melhor. Hoje, descobri que ao ajudar os outros, a maior beneficiada sou eu mesma.”

Amanda abriu no ano passado o primeiro Rotary Club com base no Facebook – o United Services Rotary Club – depois que líderes rotários pediram sua ajuda para encontrar maneiras de facilitar a associação de militares dos EUA. Como precisam viajar constantemente e muitas vezes mudar para outro local, fica muito difícil para os militares comparecerem às reuniões semanais, um requisito da maioria dos Rotary Clubs. Amanda foi abordada por causa de sua paixão pelos serviços humanitários e carreira militar.

Diferente dos Rotary Clubs tradicionais, os associados deste clube podem fazer o login no Facebook a qualquer hora durante a semana para assistirem a um vídeo com elementos semelhantes aos de uma reunião típica, como momentos rotários, avisos e palestras. Se não houver tempo para gravar um programa novo, a apresentação semanal pode ser um vídeo sobre um tópico relacionado ao Rotary disponível on-line. Os associados mantêm contato entre si postando mensagens.

Amanda admite que haja algumas desvantagens com este tipo de reunião.

“Não há nada como estar em uma sala interagindo com outras pessoas. Acho que nada consegue substituir isto”, diz ela.

Mas ela sente que nossa organização não pode se dar ao luxo de não usar o grande fenômeno que são as mídias sociais.

COMO A IDEIA SE TORNOU REALIDADE

Amanda conduziu grupos de enfoque em bases militares para discutir o que as pessoas queriam em uma reunião virtual. Ela descobriu que, em vez de ler um monte de textos, as pessoas querem se comunicar rapidamente sem sair de onde estão.

A plataforma do Facebook foi a solução perfeita: além de ser conveniente (os associados podem fazer o login de qualquer lugar no mundo e manter contato sem ter que participar semanalmente de uma reunião presencial) e não custa nada. E por não envolver refeição, o custo é mais baixo que de um clube tradicional.

Para causar o maior impacto possível, Amanda resolveu ampliar o quadro associativo aceitando outras pessoas além de militares americanos. Através dos grupos de enfoque e divulgação nas mídias sociais, o clube passou a ter associados nos EUA, Afeganistão, Alemanha e Japão, e está aberto a qualquer pessoa que compartilhe a visão de um mundo de paz.

SERVIR É A MAIOR RECOMPENSA

Amanda teve que aprender novas habilidades para poder continuar servindo. Trabalhando com um fisioterapeuta, ela aprendeu a controlar a dor e se inscreveu na Universidade de Illinois, onde fez educação em saúde e se formou com honras. Hoje, Amanda compartilha sua história com públicos de todos os EUA, combinando sua nova filosofia de vida com sua paixão pelo violino.

Antes de formar o clube no Facebook, ela já havia viajado à América do Sul para ajudar a encontrar lares para órfãos e participado de projetos para reformar albergues e ajudar famílias de baixa renda.

No primeiro ano de formação, o United Services Rotary recebeu um subsídio para construir um memorial na base da marinha dos EUA em Pendleton, reformou escolas primárias em San Diego e forneceu auxílio às vítimas do tsunami no Japão.

* Rotary News (Arnold R. Grahl)
Tags: Rotary, Rotary International, 2014, Facebook, clube, United Services Rotary Club

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