Os associados do Rotary Club de San Francisco Evening se reúnem três vezes por mês em um bar de vinhos depois do trabalho, saem para socializar uma vez por mês e promovem todas as suas atividades em redes sociais, como Meetup e Facebook.

Por ter sido o primeiro clube a se reunir à noite na cidade, ele atraiu muitos jovens de empresas do Vale do Silício, cuja rotina profissional dificulta a associação a um clube mais tradicional que se reúne no horário do café da manhã ou almoço. No entanto, não foi só o horário das reuniões que ajudou o clube a crescer em 30% desde sua fundação, em meados de 2013.

Danielle Lallement, presidente-fundadora, diz que o clube tem tido sucesso pois leva em consideração as preferências dos rotarianos.

A maioria dos associados tem de 30 a 40 anos, e muitas obrigações profissionais e financeiras fora do clube. Por isso, atendemos às suas necessidades”, afirma. “Somos extremamente flexíveis com relação ao comparecimento às reuniões, opções de pagamento e expectativas.”

Por exemplo, como quase metade dos associados não são nativos dos Estados Unidos, os líderes do clube deixaram de lado o juramento à bandeira americana no início das reuniões. Além disso, os rotarianos podem facilmente agendar o pagamento periódico das cotas pela internet, e um leitor de cartão de crédito é levado às reuniões para facilitar o pagamento pelo Pay Pal. Os associados também decidiram fazer da última reunião do mês um evento social (eles já assistiram ao Balé de San Francisco, foram um bar de karaokê, jogaram mini golfe e trabalharam com um golfista profissional para aprimorar suas tacadas).

Os associados são incentivados a participar de pelo menos metade das reuniões, mas não são pressionados se não puderem estar presentes, sobretudo se compromissos como casamento, a chegada de um bebê ou um aumento na carga de trabalho estiverem tomando muito do seu tempo. Os dirigentes do clube costumam usar Skype ou teleconferências para participar de reuniões do conselho diretor quando não podem comparecer pessoalmente.

DIVULGAÇÃO NAS MÍDIAS SOCIAIS

Lallement era associada do Rotary Club de Sparks, no estado de Nevada, antes de se mudar para San Francisco devido a um novo emprego. Depois de descobrir que não havia um clube que se reunia à noite na cidade, ela e outros ex-rotarianos optaram pela ideia e decidiram participar de eventos de networking para divulgá-la a outras pessoas. Eles se reuniram no Banco de Alimentos de San Francisco para seu primeiro projeto e anunciaram o evento no Meetup, o que atraiu diversos associados.

“Dependendo do evento, pelo menos duas pessoas novas acabavam nos encontrando”, ela conta. “A divulgação nas mídias sociais deu muito certo.” Além de postar suas atividades no Facebook e Meetup, o clube usa o Eventbrite para promover e vender ingressos para os eventos sociais, e os associados se mantêm conectados pelo Twitter e LinkedIn.

A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS

Lallement, que é enfermeira, sabia da importância do voluntariado, pois os jovens querem “colocar a mão na massa”. Quando fazia parte do clube de Nevada, ela se envolveu em um projeto para o combate de verminoses e em uma campanha de vacinação em Gana, ajudou em operações de fenda palatina na Índia e distribuiu mosquiteiros para o combate da malária na Zâmbia.

O clube de San Francisco Evening fez parceria com a organização sem fins lucrativos Hug it Forward e outros cinco Rotary Clubs para cimentar uma escola na Guatemala e, no ano passado, recebeu seu primeiro Subsídio Distrital – usado para um projeto da organização Seed for America que deu treinamento gratuito sobre programação de computadores a estudantes de San Francisco. Além disso, o clube se envolveu em outros projetos locais, como limpeza de trilhas escavação de valas no Monte Sutro, e uma iniciativa com membros do Interact Club para a construção de casas para a Habitat for Humanity.

Embora o clube tenha sido a primeira opção da cidade para aqueles que têm preferência por reuniões noturnas, ele não é a única alternativa. Seu sucesso levou à criação do Rotary Club de Rafael Evening e de dois clubes provisórios (Mid-Peninsula Evening e San Francisco SOMA) que também se reúnem à noite.

“A ideia deu muito certo”, Lallement afirma. “E o conceito pode ser usado em qualquer lugar.”

* Rotary News (Arnold R. Grahl)

** Danielle Lallement/Rotary Club de San Francisco Evening