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Uma ênfase que aguarda mais projetos

out 1, 2018

Os projetos da Fundação Rotária que estão sendo realizados nas Zonas 23 e 24 são, em sua grande maioria, de fornecimento de aparelhos médicos para casas de saúde, ou seja, os Rotary Clubs estão fazendo o que, na verdade, é uma obrigação do poder público. Costumo dizer que os rotarianos devem cobrar maior efetividade dos nossos governantes.

Este é o mês que o Rotary dedica ao Desenvolvimento Econômico e Comunitário, porém vemos poucos projetos de clubes, ou quase nenhum, nessa área de enfoque em nossas Zonas Rotárias.

Ainda assim, presenciei alguns projetos de Desenvolvimento Econômico e Comunitário que tiveram resultados fantásticos. Houve um, por exemplo, que se destinava à compra de 50 carrinhos para coleta de ferro-velho. O carrinheiro adquiria o seu carrinho em 50 prestações orçadas em 2% do valor total. Como os cinquenta beneficiários pagavam mensalmente 2%, eles tinham dinheiro para a compra de um outro carrinho, para o qual já havia outro interessado inscrito.

A inadimplência era próximo de zero e, nas ocasiões em que ela ocorreu, os demais carrinheiros adiantavam suas parcelas para que aquela pessoa na fila não ficasse sem receber o seu carrinho. Na conclusão do projeto, 100 unidades haviam sido doadas, permitindo melhor desempenho aos catadores, haja vista a melhoria das condições de trabalho. Até uma cooperativa foi criada como resultado da iniciativa.

Testemunhei também o projeto de um clube que forneceu máquinas de costura para uma comunidade. As mulheres contempladas conseguiram um contrato para fornecer algum tipo de costura para uma grande empresa de confecção, o que melhorou substancialmente a vida delas.

Por tudo isso, peço a todos os clubes que olhem essa área de enfoque com o maior cuidado e utilizem os recursos da Fundação Rotária para amenizar a pobreza das nossas comunidades. Podemos criar escolas profissionalizantes para que os jovens vislumbrem um futuro melhor. A falta de emprego está diretamente ligada ao aumento do índice de criminalidade.

Neste mês, mais precisamente no dia 24, há o Dia Mundial de Combate à Pólio. O Rotary já está nessa luta há 30 anos. Quando começamos, havia 350 mil casos de poliomielite por ano – significando quase mil crianças diariamente acometidas por essa terrível doença. Em contraste, no ano passado tivemos menos de 20 casos. Além da doação de recursos, o Rotary utiliza os seus mais de 35 mil clubes para efetivar trabalhos de conscientização para a importância de continuarmos vacinando nossas crianças, bem como para ajudar nas próprias vacinações. No dia 24, aproveitemos para mostrar ao mundo o que os nossos clubes estão fazendo para promover a erradicação do vírus da pólio da face da Terra.

Sendo assim, neste mês, além das suas ações usuais, os Rotary Clubs devem atuar em três frentes: 1) Descobrindo meios de participar na área de Desenvolvimento Econômico e Comunitário; 2) Continuando a apoiar nossa luta contra a pólio; 3) Realizando uma das maiores metas do presidente Barry Rassin: a duplicação dos Rotaract Clubs em nossos clubes.

Leia esta mensagem e se inspire para atuar com maior afinco nessas frentes. Faça a diferença na vida de quem precisa de você, seja a inspiração para eles.

* O autor é Paulo Augusto Zanardi, diretor 2017-19 do Rotary International.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para zanardi4730@gmail.com

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