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Uma conquista feminina

dez 2, 2019

capa dez2019

Há três décadas, as mulheres vêm ajudando a construir e transformar o Rotary

A história da admissão da mulher no Rotary é mais um dos episódios da longa luta feminina pelo direito de, mais do que estar, ter voz em todos os espaços da sociedade. Fundada nos Estados Unidos em 1905 como uma organização exclusivamente masculina, assim optou por permanecer pelos 84 anos seguintes.

Em 1911, enfrentando a resistência da Associação Nacional de Rotary Clubs, um grupo de mulheres atuantes em vários ramos de negócios formou, na cidade norte-americana de Minneapolis, um Rotary Club feminino. No ano seguinte, na Convenção do Rotary, Ida Buel discursou sobre o papel do Rotary Club feminino existente em sua cidade, Duluth, e buscou apoio para a expansão dos clubes compostos por mulheres. Prevaleceu, no entanto, a decisão dos rotarianos contrários à ideia de aceitá-las na organização.

Em 1921, Alwilda Harvey, casada com o então presidente do Rotary Club de Chicago, formou o comitê Mulheres do Rotary, composto por 59 esposas de rotarianos e rejeitado pelo Conselho Diretor do Rotary International. O comitê foi então rebatizado como Mulheres do Rotary Club de Chicago. Dois anos mais tarde, em Manchester, Inglaterra, 27 esposas de rotarianos criaram uma associação que, em 1924, viria a se chamar Inner Wheel, existente até hoje.

Naquela época, no Brasil, era raro que as mulheres fossem admitidas mesmo como convidadas nos eventos do Rotary. Na década seguinte, Eugenia Hamann, esposa de um associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro e muito ligada à assistência social e ao feminismo, teve publicadas em Rotary Brasileiro, como nossa revista então se chamava, duas contundentes cartas abertas nas quais questiona a exclusão das mulheres. É justamente no final dos anos 1930 que surge na cidade paulista de Bauru a primeira Associação de Senhoras de Rotarianos, uma iniciativa exclusivamente brasileira. Elas começavam a se organizar para ter mais poder de ação, mas ainda levaria tempo até que tivessem voz ativa no Rotary.

A disputa continuaria pelas décadas seguintes. Em 1978, depois de admitir três mulheres, o Rotary Club de Duarte, nos Estados Unidos, foi suspenso pelo Rotary International. O imbróglio chegou à Justiça e, em 1987, por unanimidade a Suprema Corte americana decidiu a favor da admissão das mulheres. Com isso, no Conselho de Legislação de 1989, a palavra homem foi eliminada dos documentos estatutários da organização.

Primeira mulher a se associar ao Rotary na América Latina, Emma Hildinger nos relembrou sua história na edição de agosto de 2017. Por meio de relatos tecidos a partir de entrevistas, você conhecerá a trajetória e o pensamento de outras quatro mulheres que, de formas diversas, vêm desempenhando algum tipo de pioneirismo no Rotary.

* Leia a matéria na íntegra na edição de dezembro da Revista Rotary Brasil (digital ou impressa).

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