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Uma árvore para cada associado

abr 2, 2018

Prezados companheiros rotarianos,

Na Convenção do Rotary International de 1990 em Portland, nos EUA, o então presidente eleito, o brasileiro Paulo Viriato Corrêa da Costa, disse aos rotarianos ali reunidos: “Chegou a hora de o Rotary projetar sua voz, mostrar sua liderança e despertar todos os rotarianos para trilhar um caminho honroso que vise proteger nossos recursos naturais”. Com esse pensamento, ele lançou a iniciativa Preserve o Planeta Terra, pedindo aos rotarianos que colocassem as questões ambientais na sua pauta de trabalho. Entre outras coisas, isso envolvia o plantio de árvores, ações para diminuir a poluição atmosférica e limpar os recursos hídricos, e proteger o planeta para as futuras gerações.

O presidente Paulo Viriato pediu que uma árvore fosse plantada para cada um dos 1,1 milhão de associados que o Rotary tinha na época. Como rotarianos, nós não nos contentamos em somente alcançar as metas; temos que superá-las em grande estilo. O período 1990-91 chegou ao fim com um resultado impressionante: 35 milhões de mudas de árvores haviam sido plantadas. Muitas delas ainda estão crescendo hoje, absorvendo carbono do meio ambiente, liberando oxigênio, resfriando o ar, melhorando a qualidade do solo, fornecendo habitat e alimento para aves, mamíferos e insetos, e produzindo uma série de outros benefícios. Infelizmente, enquanto essas árvores continuaram a fazer o bem pelo meio ambiente, o Rotary não levou seu compromisso ambiental adiante.

É por isso que, no início do ano 2017-18, segui o exemplo de Paulo Viriato e pedi que ao menos uma muda de árvore fosse plantada para cada associado ao Rotary. Meu objetivo era alcançar uma meta além dos benefícios consideráveis trazidos por esse 1,2 milhão de árvores. Espero que, ao plantar árvores, os rotarianos renovem seu interesse e atenção para um problema que devemos colocar de volta na pauta do Rotary: o estado do nosso planeta.

As questões ambientais estão profundamente entrelaçadas em cada uma de nossas áreas de enfoque e não podem ser dispensadas pelo Rotary. A poluição está afetando a saúde em todo o mundo: mais de 80% das pessoas que vivem em áreas urbanas respiram ar carregado de poluentes, percentual que sobe para 98% nos países de baixa e média renda. Se as tendências atuais continuarem, até 2050 os oceanos deverão conter mais plásticos em peso do que peixes. E o aumento das temperaturas está bem documentado: a temperatura média anual aumentou globalmente em cerca de 1,1 grau Celsius entre 1880 e 2015. O homem foi o grande responsável por isso, e há uma probabilidade de ocorrer uma enorme desordem econômica e humana se essa tendência continuar. A necessidade de uma ação conjunta é agora maior do que nunca, assim como nossa capacidade de causar um impacto real.

Quando foi secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon disse: “A mudança climática é uma questão definidora de nossa época; não existe um plano B para deter o avanço das alterações climáticas, pois não existe um planeta B”. Nosso planeta pertence a todos nós, aos nossos filhos e aos filhos deles. Todos nós devemos protegê-lo, e todos nós do Rotary devemos fazer a diferença.

* O autor é Ian Riseley, presidente 2017-18 do Rotary International.

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