Fim de gestão marca a época dos balanços, das avaliações, dos resultados atingidos ou não. Na recente Convenção do Rotary em Atlanta, em que celebramos o centenário da Fundação Rotária, além da presença de várias celebridades do mundo político, como Andrew Young, ex-embaixador americano; empresarial, como Bill Gates, maior parceiro da Fundação na erradicação da pólio; e do mundo artístico, como o ator Ashton Kutcher, que tem sua própria ONG contra a escravidão moderna; tivemos várias boas notícias que contaminaram positivamente o ambiente. Na coluna deste mês, destaco três delas:

1) A existência de apenas seis casos de poliomielite até a presente data deste ano, sendo quatro no Afeganistão e dois no Paquistão. Para garantir esse desempenho, o International Polio Plus Committee (IPPC) aprovou 35 milhões de dólares para monitoramento dos países endêmicos e regiões com registros recentes de casos da doença, como Índia e Nepal, além da Nigéria;

2) O comprometimento de 1,2 bilhão de dólares em recursos dos parceiros que combatem a pólio. Durante a convenção, o IPPC reuniu-se com os apoiadores do programa momentos antes de sua apresentação à plateia. Tivemos então o compromisso registrado da Fundação Bill & Melinda Gates, dos governos japonês e canadense, da União Europeia e de companhias como a Coca-Cola, totalizando o montante acima. Desta forma, junto com a participação da Fundação Rotária, representando os rotarianos, no valor de 50 milhões de dólares anuais nos próximos anos, falta pouco em termos de recursos para o financiamento dos programas de monitoramento e vacinação nas regiões endêmicas;

3) No âmbito nacional, a boa notícia é a superação em 2016-17 da arrecadação obtida no ano anterior, apesar das terríveis condições da economia brasileira, com a ajuda da força de trabalho da ABTRF. Comparando com 2015-16, a arrecadação no Brasil aumentou 21%, passando de 3,252 milhões de dólares para 3,93 milhões. Melhor ainda: dos 38 distritos brasileiros, 30 aumentaram sua arrecadação e somente oito tiveram desempenho inferior ao de 2015-16. Com relação à ABTRF, até maio a arrecadação havia superado 650 mil dólares, contra 556 mil no ano anterior, antevendo também um aumento significativo, mormente quando levado em conta o ambiente macroeconômico. Outra informação alvissareira é o volume de subsídios concedidos aos distritos brasileiros em 2016-17, superando 3 milhões de dólares, o que demonstra a crescente capacidade dos rotarianos brasileiros de empreender projetos voltados às suas comunidades. É uma marca positiva para o primeiro ano do próximo centenário da Fundação Rotária.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

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