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Sucesso nos Subsídios Globais: como executar o óbvio

jun 13, 2017

Na edição anterior, discorri sobre a montagem do Seminário Nacional de Subsídios Globais, realizado na cidade de São Paulo em 3 de dezembro. Nas palavras do principal orador do evento, o diretor 2008-10 do Rotary Phil Silvers, tratou-se de uma iniciativa inédita – “um presente do Brasil para o Rotary”, ele declarou.

Lembrei-me de um livro curto e interessante intitulado Adams óbvio, sobre um publicitário de Nova York do início do século 20. Sua principal qualidade consistia em enxergar o óbvio e captar o sentimento do povo, o que lhe rendeu milhões na carreira. Ver o óbvio aparentemente não era tão óbvio assim.

O teor das apresentações do seminário também exercitou o óbvio, uma vez que nada ali foi estrondosamente inovador. Graças à internet, todas as informações estão disponíveis no site do Rotary e nas páginas da Fundação Rotária. Mas as apresentações ganharam vida com as experiências rotárias e individuais dos participantes, tornando o evento de São Paulo algo único. E o objetivo do encontro era aumentar o nível de conhecimento dos rotarianos a respeito dos programas de Subsídios Globais.

O diretor do Rotary José Ubiracy falou sobre suas metas, pelas quais é cobrado pelo Rotary – dentre elas, o aumento do número de projetos de Subsídios Globais. Os coordenadores regionais da Fundação Rotária Hugo Dórea e Antonio Carlos Cardoso discorreram, metodicamente, sobre o desempenho do Brasil em número de subsídios, o volume de dinheiro não utilizado pelos distritos, e forneceram um passo a passo pelos formulários que preenchem os requisitos do Plano Visão de Futuro.

O curador da Fundação Rotária talvez tenha desapontado a plateia, que pode ter esperado uma fórmula milagrosa para estabelecer parcerias internacionais. Tal fórmula não existe. Trata-se novamente de exercitarmos o óbvio. E, como mencionei, o óbvio muitas vezes é o mais difícil de ser percebido e executado.

O Rotary e a Fundação Rotária oferecem oportunidades diárias de conexão internacional: convenções, grupos de estudo, intercâmbios, viagens internacionais de companheirismo, viagens de representação de líderes rotários, grupos de ação rotários. Todas são ocasiões para formar laços que desaguem em projetos.

Como curador, já tive algumas chances de firmar elos entre distritos brasileiros e estrangeiros e as aproveitei. Viagens são momentos únicos, mas se delas derivarem projetos que vinculem regiões, os frutos serão duradouros. Na viagem de representação do presidente 2015-16 do Rotary, Ravi Ravindran, à cidade indiana de Bangalore, pertencente ao distrito 3190, estabeleci conexão entre esse distrito anfitrião e o 4420, resultando um projeto que está em implantação.

Mais recentemente, levei dez projetos de distritos brasileiros à representação da Fundação Rotária no Instituto das Zonas 25 e 26, em Santa Bárbara, Califórnia, EUA. Essas duas zonas rotárias arrecadam 17,1 milhões de dólares anualmente, o que lhes dá musculatura financeira para bancar projetos do mundo todo. Sabedor disso, apresentei os projetos brasileiros aos presidentes das comissões distritais da Fundação dessas duas zonas. Não tenho o poder de responder pelo sucesso das conexões, mas pelo menos o verbo básico da Fundação Rotária foi exercitado: pedir.

Na terceira e última matéria sobre o seminário, na próxima edição: Phil Silvers e as apresentações dos distritos sobre a implantação do Cadre [equipe de consultores técnicos da Fundação Rotária].

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

(Mensagem de fevereiro de 2017)

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