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ARTIGOS

Rotary não se envolve em política

set 26, 2012

É mister que antes de focarmos o tema em epígrafe, discursemos sobre alguns verbetes:

– Política: arte ou ciência de governar, conjunto dos municípios ou opiniões políticas;

– Politicagem: política ordinária, mesquinha e interesseira;
– Político: o que trata de política. Cortês, delicado. Aquele que se ocupa de política, aquele que é assunto;
– Politiqueiro: diz-se do indivíduo que se ocupa muito da política partidária ou faz politicagem;
– Politizar: tornar-se consciente dos direitos e deveres políticos.

Com a aproximação das eleições municipais para a escolha de vereadores, vices e prefeitos municipais, e pelo fato de congregar lideranças com atuação política, há o risco de o Rotary ver-se envolvido de forma indireta no processo. Nesses casos, como devem proceder os rotarianos para evitar que haja comprometimento da instituição a que pertencem?

A resposta é simples: em se tratando de política, no melhor sentido do termo, eles devem participar e influir na busca do melhor resultado para a comunidade; e quando o debate se travar em termos menores, eles devem ficar equidistantes e até se abster.

Rotary pede que o rotariano seja um cidadão leal e servidor de seu próprio país, quando declara ser favorável à liberdade de pensamento, de palavra, de reunião, liberdade de culto e imunidade contra perseguições.

Em muitas cidades os Rotary Clubs têm sido o ponto de equilíbrio entre facções políticas em litígio, graças à maneira imparcial como os verdadeiros rotarianos conduzem seus clubes. Lado outro, muitos clubes têm-se ressentido com a funesta intromissão da politicalha em seu meio, afugentando companheiros abnegados e bem intencionados.

Se o Rotary espera a melhoria da comunidade pela conduta exemplar de cada cidadão na sua vida pública e particular, os associados do Rotary podem dar esse exemplo – não com a inovação de sua condição de rotariano com fins eleitoreiros, mas como cidadãos íntegros e, por isso, invulneráveis aos efeitos perniciosos das paixões partidárias e da maledicência que advém da concorrência desleal, evitando assim as dissidências que tanto prejudicam quanto aviltam e denigrem.

Rotary veio para somar e multiplicar, e não para subtrair ou dividir. Por isso chamamos a atenção dos companheiros neste ano de eleições, em que devemos escolher os melhores para a nossa cidade. É votar certo e pronto. E vamos continuar o nosso trabalho junto às comunidades mais carentes, com o mesmo companheirismo e amizade.

Em finalizando, alertamos: no último embate eleitoral municipal e por conta dele, direta ou indiretamente, perdemos três ou quatro ótimos companheiros (as).

Foto: Stock.XCHNG

* O autor é Waldir Romualdo de Aquino, associado ao Rotary Club de Juiz de Fora-Sul, MG (D. 4760).

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