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São assombrosas as estatísticas mundiais relativas ao número de pessoas que sofrem de doenças tropicais que não são tratadas, como dengue e hanseníase, para citar apenas essas duas. Por ano, este número se eleva a mais de um bilhão de pessoas.

Claro que nesses números se incluem populações brasileiras. Cabe aos rotarianos de todos os recantos do país ajudar a imunizar pessoas contra doenças, sobretudo contagiosas. Recomenda-se dar apoio a programas de saúde, desenvolvidos principalmente em comunidades carentes, que expliquem como as doenças são transmitidas e divulguem formas de reduzir o risco de contágio.

Envolvam-se com rotarianos que tenham experiência em medicina ou saúde pública. Comuniquem-se com hospitais, clínicas, universidades e secretarias de saúde da região para evitar duplicação de esforços e aproveitar ao máximo os recursos locais. Recrutem membros da comunidade e voluntários da área da saúde para ministrar vacinas. Formem parcerias com organizações comunitárias da área da saúde para fortalecer e expandir os serviços existentes.

As estatísticas mostram que o mundo precisa de mais 2,4 milhões de médicos, enfermeiras, parteiras e outros profissionais de saúde. Enquanto isso, 57 países contam com menos de 23 agentes de saúde para cada 10 mil pessoas. Uma em cada 100 pessoas não tem condições de pagar por atendimento médico. Cem milhões de pessoas acabam na miséria anualmente por causa de despesas médicas.

Espera-se que rotarianos forneçam apoio de longo prazo para postos de saúde. Formem parcerias com sistemas globais de saúde para ampliar o acesso a equipamentos, instalações e programas de saúde. Melhorem e ampliem o acesso a atendimento médico gratuito ou de baixo custo em regiões carentes.

Ajudem a imunizar pessoas contra doenças contagiosas. Patrocinem treinamentos e educação continuada para funcionários da área da saúde por meio de bolsas de estudos, ajuda de custo e reconhecimento público.

Trabalhem com postos de saúde no desenvolvimento de programas que atraiam profissionais de diferentes áreas médicas. A falta de trabalhadores com experiência em determinadas áreas sobrecarrega os outros profissionais e limita os serviços oferecidos. Para aumentar os índices de retenção, certifiquem-se de que os locais de treinamento sejam na mesma cidade em que os funcionários moram e trabalham.

Todas essas medidas de apoio envolvem cuidados médicos com crianças. Entrem em ação e criem ou apoiem programas que fornecem vacinas e antibióticos. Sarampo, malária, pneumonia, Aids e diarreia são as principais causas de morte entre menores de cinco anos. Todo ano, 6,3 milhões de crianças abaixo dessa idade morrem no mundo em decorrência de má nutrição, assistência médica precária e instalações sanitárias inadequadas. Façam projetos relacionados a saneamento, água e higiene para melhorar a saúde das crianças. Promovam a boa nutrição, incentivando a amamentação.

* O autor é José Ubiracy, diretor 2015-17 do Rotary International.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para joseubiracy@ebge.com.br

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