O termo em inglês accountability, prestação de contas, resume uma das principais funções dos curadores da Fundação Rotária. Definimos despesas milionárias em dólares e arrecadamos também fortunas de rotarianos que confiam na administração de suas doações, para que sejam destinadas a projetos humanitários.

Mas essa prestação de contas que faço agora diz respeito às tarefas confiadas aos comitês da Fundação, que rechearam o primeiro semestre de minha atividade como curador.

O trabalho do diretor é fazer a gestão, o do curador é pensar a próxima geração. Eis um resumo das atividades do semestre, que me levaram seis vezes à sede:

Comitê de Programas (9 e 10 de julho) – Tem como função avaliar o andamento do Plano Visão de Futuro, a adesão dos distritos ao programa, o nível de aprovação dos projetos (735 projetos de Subsídio Global foram submetidos até 6 de novembro, tendo sido 420 aprovados e 55 negados), as auditorias de sustentabilidade, o retorno da pesquisa sobre o plano junto aos distritos pioneiros, a avaliação das ferramentas digitais do site de projetos. Esse comitê voltou a se reunir entre 9 e 11 de novembro;

Comitê de Planejamento Estratégico (8 a 10 de setembro) – O objetivo é sugerir linhas de ação pensando o futuro da Fundação. Por exemplo: qual será o próximo programa corporativo? Sairá de uma das seis áreas de enforque? Quais aprendizados amealhamos com o trabalho de erradicação da pólio, utilizáveis em futuros projetos? O que é o programa Rotary 2020? Enfim, critérios sobre os caminhos da Fundação a serem submetidos ao Conselho de Curadores;

Comitê Conjunto de Finanças do Rotary e da Fundação Rotária (30 de setembro a 2 de outubro) – Autoexplicativo, esse comitê é vital para a preservação do fluxo de fundos para projetos. Qual o retorno do investimento do portfólio de 1,2 bilhão de dólares da Fundação Rotária? Em quais projetos devemos investir: no site, na captação de recursos, na contratação de pessoal ou na renovação do software? Temos 51 projetos de investimento entre o Rotary International e a Fundação Rotária que somam 42 milhões de dólares, mas dispomos de 6 milhões de dólares; como priorizar?

Reunião do Conselho de Curadores (5 a 9 de outubro) – Os registros da reunião totalizam 505 páginas que abrangem administração (prioridades, objetivos, revisão da estrutura de comitês, Conselho de Legislação), captação de recursos (reconhecimentos da Sociedade Arch C. Klumph, Sociedade de Doadores Testamentários, objetivos da arrecadação, o plano de arrecadação em longo prazo da Fundação Rotária), programas (Subsídios Polio Plus, parcerias, Centros Rotary pela Paz, Comitê do Centenário da Fundação Rotária), controladoria (relatório dos integrantes da Equipe de Consultores Técnicos da Fundação Rotária, litígios), finanças (auditoria, investimentos, balanço atualizado);

Comitê Conjunto com Ex-alunos (2 e 3 de dezembro) – O objetivo desse grupo do Rotary e da Fundação Rotária é estabelecer conexões com a juventude, investigar as razões da resistência dos jovens à nossa organização, saber como engajar ex-rotaractianos, ex-intercambistas e ex-bolsistas da Fundação Rotária nos nossos quadros.

Um trabalho exaustivo, mas gratificante. Como sempre, o Rotary é uma escola para conectar pessoas, uma janela para o mundo, uma babel de culturas e diversidade. Tenho grande orgulho de servir a esta organização.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

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