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Prestando contas de 22 meses de gestão

jun 14, 2017

Um curador da Fundação Rotária custa dinheiro à instituição: viagens, hospedagens e verba promocional de 10 mil dólares (a minha exauriu-se este ano com o patrocínio pessoal da viagem de Phil Silvers, chairman mundial do Cadre para o Seminário de São Paulo em dezembro último).

Como a Fundação Rotária orgulha-se de utilizar 91% dos recursos arrecadados, diretamente injetados nos projetos, 6% para ações de levantamento de fundos e 3% para administração, sinto-me na obrigação, à guisa de transparência, de prestar contas aos rotarianos sobre as atividades dos últimos 22 meses na condição de curador.

Há quatro viagens anuais obrigatórias, além de duas para reuniões do Conselho, Assembleia de San Diego, EUA, e Convenção do Rotary. As sete viagens obrigatórias até aqui (falta a Convenção do Rotary em Atlanta, EUA) representaram um terço das 21 internacionais das quais fui incumbido. Dois terços delas foram consumidas em viagens de comitês, em regime de rotação. Nestes dois anos participei dos comitês dedicados aos seguintes temas:

1) Programas – Discute a adoção dos Subsídios Globais pelos distritos, aprovando-os tecnicamente, avaliando as visitas dos Cadres e discutindo as tendências do próximo programa corporativo do Rotary e da Fundação Rotária;

2) Finanças – Estabelece o orçamento, que neste ano prevê 312 milhões de dólares de arrecadações e 283 milhões de dólares em investimentos; aprova ou rejeita despesas, inclusive de funcionários, marketing e informática;

3) Planejamento Estratégico – Discute os caminhos futuros do Rotary e da Fundação Rotária, tendências do quadro associativo, estabelece missão e objetivos estratégicos, compara desempenhos com outras instituições concorrentes e olha o futuro das duas instituições;

4) Alumni (jovens ligados à instituição) – Discute e sugere medidas para incrementar as pontes entre a juventude e o Rotary, Rotaract, e programas de intercâmbio e de bolsas de estudo, tentando aumentar nossa taxa de conversão de 5% dos jovens para o Rotary (14 mil em 292 mil cadastrados);

5) Treinamento e Desenvolvimento de Lideranças – Define o conteúdo dos programas de treinamento para líderes, frequência, intensidade, abrangência, qualificação mínima e meritocracia;

6) Polio Plus – O comitê é responsável por alocar 125 milhões de dólares do orçamento (40% do total) para a erradicação da pólio; define verbas por países e analisa as parcerias com a Organização Mundial da Saúde, Unicef, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças e a Fundação Bill e Melinda Gates;

7) Investimentos – Responsável por investir 400 milhões de dólares em títulos e 700 milhões de dólares em patrimônio da Fundação Rotária, objetivando garantir o retorno de 4,5% sobre o patrimônio anualmente e assegurar a manutenção dos programas de subsídios;

8) Excepcionalmente, fui convocado para integrar um time de diretores e curadores para uma avaliação dos critérios de nomeação e desempenho dos coordenadores regionais do Rotary e da Fundação Rotária. A intenção é aumentar o grau de mérito nas nomeações e analisar o desempenho nas gestões desses líderes regionais.

Em âmbito nacional, continuamos a promover o centenário da Fundação Rotária em reuniões de ex-governadores e conferências distritais. Além disso, procuramos incentivar os distritos a utilizar os FDUCs e aumentar o nível de conhecimento de projetos globais. Na próxima edição, revelaremos o plano para incrementar o intercâmbio entre distritos parceiros, que já começará neste ano.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

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