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Planejamento para a expansão

dez 3, 2015

O tempo tem nos ensinado que a expansão é uma excelente forma de promover o crescimento do quadro associativo. Por este motivo, é importante conhecer as variáveis das cidades, e analisar se elas possuem condições para a instalação de um Rotary Club.

Permito-me escrever sobre o tema já que vivenciei a experiência de formar, nos últimos seis anos, 22 novos clubes. E estou imbuído de expectativas bastante animadoras para os próximos anos, pois percebo as muitas possibilidades pela frente.

Todo esse processo de expansão começa por um estudo aprofundado do tema. Nele todas as cidades que pertençam a um distrito devem ser consideradas e analisadas com o objetivo de: apurar a per capita de cada cidade (per capita aqui entendida como a relação entre o número de rotarianos e o de habitantes); conhecer as cidades sem Rotary Clubs, mas com condições de receber uma unidade rotária; conhecer aquelas com Rotary Clubs que poderiam receber mais unidades rotárias; e analisar demais características dessas cidades, tais como sua estruturação econômica e cultural, entre outras.

Análise per capita – Conhecer a per capita de cada uma das cidades e do distrito como um todo. Tal conhecimento é a pedra basilar do estudo.

Essa informação tem como objetivo evidenciar as cidades nas quais a relação per capita é desfavorável, e que, portanto, podem se constituir em uma opção. Em praticamente todos os estudos que acompanhei, o número de possibilidades sempre foi superior a 20 novos clubes.

Cidades sem Rotary Clubs – Toda cidade que comporta mais de 4.000 habitantes em princípio tem potencial para receber um clube. É importante mencionar que os estudos vêm nos revelando que nas pequenas cidades a citada per capita é melhor do que nas cidades maiores. Trata-se de uma constatação, da qual ainda não extraímos os motivos.

Diante disso, todas as cidades devem ser consideradas, mas, obviamente, é necessário aprofundar os estudos e analisar as características das mesmas. Por vezes, algumas cidades, mesmo abrigando um número de habitantes superior ao mencionado acima, podem não reunir as condições necessárias ao surgimento de unidades rotárias por conta de outras variáveis. Daí a necessidade da análise.

Cidades com Rotary Clubs – Conhecida a variável per capita de cada cidade, evidencia-se quais eventualmente poderão receber mais um clube.

Muitas vezes, recorre-se ao argumento de que é melhor ajudar os clubes com poucos associados do que formar um novo. Há que se considerar que, normalmente, os Rotary Clubs com poucos associados não se ajudam e, infelizmente, tampouco se deixam ajudar. Nesse aspecto, não me faltariam histórias para ilustrar.

Já ouvi muitas vezes o discurso de que “o distrito de vocês é outra realidade”.  Penso ser essa uma desculpa. Por que penso assim? Porque em todos os distritos sempre nos deparamos com cidades em que há Rotary Clubs com um bom número de associados e outros com pouquíssimos associados. Qual é a justificativa para tal realidade, pois se ambos estão sediados na mesma cidade e, por vezes, no mesmo bairro? Fica claro que o problema se localiza no próprio clube.

Enfatizo que o planejamento e o controle do distrito junto aos clubes são ferramentas de gestão essenciais, as quais podem contribuir para que o desenvolvimento do quadro associativo saia do discurso e transforme-se em realidade. Neste contexto, nós, coordenadores do Rotary, colocamo-nos à disposição de todos os distritos para auxiliá-los na implementação de planos de expansão e desenvolvimento.

* O autor é César Scherer, coordenador do Rotary para a Zona 23A.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para scherer@sigha.com.br

Tags: Coluna dos coordenadores, Rotary, César Scherer, quadro associativo, planejamento, expansão, crescimento, Rotary Clubs, per capita

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