Atualmente, e em direção ao futuro, há uma série de desafios que temos de enfrentar como organização. Comento a seguir, de forma sucinta, alguns dos mais importantes.
Simplificação dos procedimentos. Um grande passo já foi dado com o estabelecimento da nova estrutura de subsídios. A análise, por um período, da aplicabilidade desses procedimentos, que inicialmente reduziram as várias modalidades de subsídios a apenas duas, permitiu também maior brevidade na aprovação e a concentração dos mesmos nas seis áreas de enfoque. Disso resultará o aprimoramento para atender às necessidades da comunidade, de modo a haver continuidade nos serviços prestados, após o término da aplicação dos recursos dos projetos. É a almejada sustentabilidade.
Definição de métricas nas seis áreas de enfoque. Isto permitirá avaliar os projetos quanto ao impacto na comunidade, a sustentabilidade e o valor – não apenas o custo. Estas métricas possibilitarão comparar a efetividade da aplicação dos projetos e garantirão o estabelecimento de padrões de execução e repetibilidade.
Manutenção de elevados objetivos do Rotary International e da Fundação Rotária. Mais do que um instrumento de caridade, a Fundação Rotária deve continuar conseguindo melhorias tangíveis na qualidade de vida de milhares de pessoas no mundo, desenvolvendo assim o verdadeiro sentimento de solidariedade. Desta forma, ficará claro este objetivo da nossa organização, que se cristaliza no avanço da paz e compreensão entre os povos e nações.
O desafio do desenvolvimento. A semente lançada em 1917 começou realmente a crescer a partir de 1947, e de lá para cá seu crescimento foi espantoso. Em termos de arrecadação, graças à generosidade dos rotarianos e daqueles que conseguimos inspirar, temos batido recordes ano a ano nas contribuições ao Fundo Anual, e apreciado o crescimento do Fundo de Dotações, cujo objetivo é atingir um bilhão de dólares até 2017 – ano do centenário de nossa Fundação. Felizmente, devemos atingir esta marca, que garante um futuro sólido às nossas ações, antes mesmo do prazo previsto. Além disso, os desembolsos têm sido administrados visando um aprimoramento constante da eficiência, com cerca de 89% deles sendo aplicados diretamente nos projetos. Somos, com orgulho, reconhecidos com pontuação máxima pelos principais órgãos de avaliação internacional de fundações – o Charity Navigator e o Institute of Philantropy.
O desafio da eficiência organizacional. Isso será alcançado com a permanente atuação na otimização da gestão corporativa interna e a distribuição equitativa do apoio organizacional.
As parcerias inteligentes. Com a finalidade de estabelecer pontes entre boas ideias e grandes projetos, estamos qualificando e estabelecendo critérios para a seleção de parcerias que permitam aos elegidos o exercício de sua responsabilidade social. Ao atrair parceiros fortes, estaremos oferecendo a eles a confiabilidade de nossa organização, a ubiquidade de nossos clubes e a capacidade de realizar projetos sustentáveis a custos baixos e em atendimento às necessidades da comunidade.
O desafio da sustentabilidade financeira. As modalidades de financiamento e arrecadação de recursos adotadas têm sido aprimoradas, auxiliando eficazmente o financiamento de projetos com baixos custos operacionais e permitindo grande imunidade à flutuação dos mercados financeiros. Estes modelos têm sido analisados e aprimorados.
A erradicação da pólio. Cumprir promessas difíceis exige estratégia, atenção total e grande desprendimento para realizar as mudanças nelas contidas. Não podemos parar de acreditar no nosso compromisso com a humanidade e devemos completar nossa caminhada. Este esforço final está sendo recompensado. Quem promete tem de cumprir. Quem mais demora a cumprir uma promessa é quem a cumpre com maior rigor.
* O autor é Antonio Hallage, diretor 2009-11 do Rotary International, curador da Fundação Rotária, membro gestor da ABTRF e associado ao Rotary Club de Curitiba-Leste, PR (distrito 4730).
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